Atualizado em 24 Agosto, 2023
Auschwitz-Birkenau, outrora o maior campo de concentração nazi, onde morreu mais de um milhão de judeus durante a II Guerra Mundial, é um lugar avassalador. Mas que devia fazer parte da educação de todos nós
Auschwitz. Há nomes que carregam um peso impossível. Que nos transportam mentalmente para sítios sombrios. Capazes de despertar os nossos medos infantis. Auschwitz é um desses substantivos. Visitar Auschwitz é complexo, mesmo para quem leu vários livros sobre o Holocausto.
A cerca de 70 quilómetros de Cracóvia, a pequena cidade de Oswiecim (Auschwitz surgiu da germanização do nome) é muito bem servida por ferrovia, com ligações rápidas até Viena, Praga, Berlim ou Varsóvia. Uma qualidade que lhe ditou o destino, quando o III Reich a escolheu para criar um grande centro de detenção: o mais completo de todos os centros nazis, onde se experimentou e implementou o extermínio em massa.
O regime apropriou-se de fábricas e uma antiga base militar, despejou os moradores, e criou ali um mundo de horrores. O complexo Auschwitz-Birkenau prova um esforço metódico para negar dignidade a grupos minoritários.
Apenas dois anos após a libertação de Auschwitz, o campo abriu ao público, com sobreviventes a explicarem o que ali viveram. Hoje, este museu-memorial recebe cerca de dois milhões de visitantes por ano. Felizmente. Porque “quem não conhece a história está condenado a repeti-la”.
Nota: Auschwitz está aberto ao público como Memorial e Museu Auschwitz Birkenau. É o único campo de concentração na lista de Património Mundial da UNESCO.
Nota histórica sobre Auschwitz-Birkenau
A Polónia foi um dos países mais impactados pela II Guerra Mundial. Anexado pela Alemanha em 1939, foi considerado um território livre para ocupação ariana. Isso significou libertar espaço para a raça considerada superior – através de bombardeamentos, mas também da destruição dos símbolos nacionais e dos negócios locais, do encerramento de universidades, da restrição de liberdades e prisão de todos quantos pudessem representar a mínima ameaça.
Muitos desses presos políticos foram levados para Auschwitz, o campo de concentração fundado na primavera de 1940. Com o tempo, Auschwitz-Birkenau, tornou-se um complexo de 40 campos de concentração (com espaços para produção ou processamento de produtos agrícolas, por exemplo) e centro do genocídio nazi.
Cerca de 1,3 milhão de pessoas terão sido deportadas para Auschwitz, como parte da “solução final para o problema judeu” (Endlösung der Judenfrage), entre 1942 e 1944. Para alem deste grupo religioso, foram ali encarceradas outros grupos indesejados, como ciganos, homossexuais e presos de guerra.
Em novembro de 1943, a dificuldade para administrar o complexo em crescimento ditou a divisão dos campos de concentração de Auschwitz em três, dos quais dois podem ser visitados:
- Auschwitz I. Área de trabalho forçado e área administrativa, ainda que ali também tivessem morto muitas pessoas nas câmaras de gás, nos banhos gelados e em fuzilamentos.
- Auschwitz II – Birkenau. Fábrica de extermínio em massa, após o “sucesso” da primeira câmara de gás.
- Auschwitz III – Monowitz. Fundado em outubro de 1942 na cidade homónima, abrigava prisioneiros que ali produziam borracha e combustíveis sintéticos, graças a um investimento da empresa I.G. Farben. Os sub-campos utilizados para a produção industrial e de armamento, ou indústrias de extração (tais como minas de carvão e pedreiras), ficaram subordinados a Auschwitz-Monowitz.
Estima-se que, no mínimo, 1.3 milhão de pessoas tenham sido deportadas para o complexo de Auschwitz entre 1940 e 1945 e 1.1 milhão mortas. Só que os números são meras estimativas: a cerca ponto da História, parou-se simplesmente de contar.
Porque visitar o campo de concentração
Há bibliografia abundante sobre os horrores perpetrados em Auschwitz. Sobre como amontoavam pessoas como gado em vagões para as levarem para os campos de concentração, suportando temperaturas gélidas. Sobre como as que sobreviviam à viagem eram triadas e, se consideradas incapazes para o trabalho forçado, enviadas diretamente para câmaras de gás disfarçadas de duches. Sobre como separavam as famílias, matavam grávidas e bebés pequenos.
Mas a visita ao memorial traz vida e rostos às histórias sobre Auschwitz, através dos objetos pessoais das vítimas, do seu cabelo. Sim. Toneladas de cabelo, retirado de corpos exangues saídos das câmaras de gás.
Visitar o museu e memorial de Auschwitz-Birkenau é pesado, deixa-nos emocionalmente exauridos. Contudo, é tão importante refletirmos sobre as atrocidades da história, quando há vozes que defendem a retirada do Holocausto dos livros de história, por ser incómodo, ou a negarem a sua existência.
Aqui em casa, as viagens sempre foram encaradas como uma forma de educar. Por isso, não só levei o meu explorador de 15 anos ao museu-memorial, como ele estava a ler The Librarian of Auschwitz aquando da viagem. E posso dizer que foi muito impactante para ele.
Um grupo de prisioneiros chamado Sonderkommandos, que vivia separado dos restantes, guiava as vítimas para dentro das câmaras de gás. Depois, removiam joias, cabelos, ouro dos dentes e tudo quanto pudesse ter algum valor, antes de carregarem os corpos para serem cremados. Muitos se suicidaram, devido a estes deveres.
Visita a Auschwitz I
Auschwitz I, o campo principal, foi fundado num antigo quartel da artilharia polaca e abrigou cerca de 16 mil prisioneiros, cujo trabalho escravo permitiu expandir o complexo. No primeiro ano, a polícia do Estado, ou SS, evacuou cerca de 40 km2 como “área de desenvolvimento”.
Auschwitz I foi construído com três objetivos: 1) prender os inimigos, reais e imaginários, do regime; 2) fornecer força de trabalho e 3) exterminar certas minorias. Por isso, possuía câmara de gás e crematório, para além do reino do Dr. Josef Mengele (bloco 10), onde conduzia experiências pseudo-médicas sobretudo em bebés, gémeos e anões, esterilizações forçadas e experiências de hipotermia em adultos. Por exemplo, injetar corante nos olhos das vítimas, para ver se mudariam de cor… o que se passaria naquela cabeça?
Munidos de áudio-guia, seguimos entre muros altíssimos de betão ouvindo no sistema de som nomes reais de pessoas que morreram em Auschwitz, ainda antes do início da visita guiada, que começa junto do portão principal com a infame inscrição Arbeit Macht Frei (o trabalho liberta).
O conjunto de edifícios de tijolo vermelho, perfeitamente anódinos, espelha o gosto germânico pela ordem. Hoje vários blocos estão musealizados, com muita informação para absorver e emoções para gerir.
Acrescente-se pontos exteriores, como o pátio do bloco 11 usado para fuzilamentos, a forca, a câmara de gás/crematório e blocos temáticos, com exposições sobre o destino dos deportados de diferentes países: sinti e romani (bloco 13), soviéticos (bloco 14), eslovacos (bloco 16), checos e húngaros (bloco 18), franceses e belgas (bloco 20), holandeses (bloco 21).
- Bloco 4: Extermínio
- Bloco 5: Provas materiais dos crimes
- Bloco 6: Vida dos prisioneiros
- Bloco 7: Condições de moradia e sanitárias
- Bloco 11: Prisão do campo
- Bloco 15: A luta e o martírio da nação polaca (1939 – 1945)
- Bloco 27: Vida dos judeus antes do Holocausto
Junto das fotografias dos prisioneiros (bloco 6), legendados com a data de chegada e morte de cada um, as emoções tornaram-se impossíveis de gerir e as lágrimas começaram a rolar. De resto, vi várias pessoas no grupo com os olhos igualmente marejados… Impossível não nos sentirmos esmagados, perante os seus olhares.
Destaque ainda para a última sala do bloco 27, onde existe um livro gigantesco com mais de 4 milhões de nomes de vítimas do Holocausto. O trabalho de pesquisa dos nomes continua a ser feito pelo Instituto Yad Vashem, de Israel.
A placa sobre o portão Auschwitz I foi roubada em dezembro de 2009. Mais tarde, foi recuperada pelas autoridades e três neonazis presos pelo roubo: um sueco e dois polacos. A placa original está agora guardada e uma réplica foi pendurada no portão.
Visita a Auschwitz II (Birkenau)
Construído por mão de obra escrava, numa região onde o inverno pode atingir os -25° C, a pouco mais de três quilómetros do campo administrativo, Auschwitz II é muito, muito, grande. Contudo, tem poucos barracões abertos ao público e os que existem são bem simples.
Basicamente, os barracões de Birkenau são divididos em três setores: B1 com barracões de tijolos para mulheres e crianças (a maioria dos prédios ainda de pé), B2 com barracões de madeira, principalmente para homens e outras funções, e B3, um campo de trânsito para judias da Hungria (chamado “México”; com todos os prédios derrubados).
O maior dos campos de Auschwitz vale precisamente pela dimensão, por se saber que tinha mais de uma dezena de secções separadas por cercas eletrificadas de arame farpado, e porque acolhia as instalações do centro de extermínio.
Por se saber que a linha férrea foi prolongada até aqui e que o gás Zyklon B foi escolhido para agilizar todo o processo de “liquidação da carga”. Por se saber que os alemães tinham o tempo cronometrado para se livrarem de cada comboio que chegava. Porque aqui pereceram 90% de todas as vítimas de Auschwitz.
Caminhar junto da linha de comboio, como milhares de prisioneiros fizeram, é de um peso tremendo.
Após várias experiências e instalações provisórias, entre maio e junho de 1943, foram construídos quatro imponentes prédios de cremação que incluíam uma área para os prisioneiros se despirem, uma grande câmara de gás e fornos crematórios.
As operações com gás continuaram até novembro de 1944 sob as ordens de Himmler, até que, em janeiro de 1945, a aproximação das forças soviéticas motivou a demolição das instalações. Motivou também a evacuação dos campos, forçando cerca de 60 mil prisioneiros nas chamadas “Marchas da Morte” que resultaram em, pelo menos, outras 15 mil mortes.
O exército soviético entrou no campo de concentração de Auschwitz em 27 de janeiro de 1945 e encontrou apenas 7.000 presos, pouco mais que esqueletos.
Informações úteis para visitar Auschwitz
Onde fica o campo de concentração
Auschwitz fica no sul da Polónia, a cerca de 70 km a oeste de Cracóvia. Pode compreender outras facetas da história da II Guerra Mundial naquela vibrante cidade polaca que, ao contrário do que aconteceu com Varsóvia, não foi destruída durante a II Guerra Mundial.
Visitar Auschwitz por conta própria
Se pretende visitar o Memorial e Museu Auschwitz Birkenau de forma autónoma, o primeiro passo é reservar a visita no site oficial, pois o lugar é muito procurado. Entretanto, pode chegar a Auschwitz de carro, autocarro ou comboio.
De carro, deve seguir pela E77, A4 (sair em Balin) e depois DW933, num percurso que dura cerca de 1h30. Existem parques de estacionamento quer junto de Auschwitz I quer de Auschwitz II (Birkenau), que custavam 20 złoty para carros ligeiros, no verão de 2023.
O autocarro parte da estação central de Cracóvia (Kraków Dworzec Autobusowy MDA) em direção a Oświęcim, um trajeto que dura igualmente uma hora e meia. Várias empresas fazem o percurso, sendo que a Lajkonik Bus – consulte horários aqui – para mesmo em frente ao museu. Esta empresa assegura saídas diárias a cada 30-40 minutos, desde as 6h20.
A viagem de comboio (trem) demora cerca de duas horas até Oświęcim. Auschwitz fica a 1,7 km da estação de comboio, distância que pode ser vencida a pé, táxi ou autocarro (linha M).
Visitar Auschwitz através de tour
Várias agências autorizadas de Cracóvia oferecem o tour a Auschwitz, com serviço de transporte e visita guiada incluídos. A comodidade conta neste caso pois, para além da possibilidade de apanhar os visitantes nos seus hotéis, os grupos têm prioridade na entrada em Auschwitz. É que, sobretudo em época alta, as filas podem tornar-se assustadoras.
Nós optámos por reservar com a Get Your Guide, com saída de Cracóvia às 6h30 da manhã, já que estivemos na Polónia no mês de julho.
Horário do Memorial e Museu Auschwitz Birkenau
O Museu está aberto durante todo o ano, sete dias por semana, exceto a 1 de janeiro, 25 de dezembro e domingo de Páscoa, nos horários abaixo. Os visitantes podem permanecer 90 minutos após a última hora de entrada, ou seja, até às 15h30 em dezembro ou 20h30 no pico do verão.
- 7h30 – 14h dezembro
- 7h30 – 15h janeiro, novembro
- 7h30 – 16h00 fevereiro
- 7h30 – 17h março, outubro
- 7h30 – 18h00 abril, maio, setembro
- 7:30 – 19:00 junho, julho, agosto
Fazer (ou não) visita guiada
Enquanto os grupos são obrigados a fazerem uma visita com um educador (paga), visitantes individuais podem visitar o complexo de Auschwitz sem guia, gratuitamente, mas apenas em horários específicos.
A grande vantagem de uma visita sem guia é a liberdade de ficar quanto tempo quiser, mas isso exigirá pesquisa prévia ou, pelo menos, comprar um pequeno guia na entrada, sob pena de perder toda a riqueza histórica do lugar. Do meu ponto de vista, este é um dos casos em que o guia-educador faz toda a diferença.
Apesar de não ter um inglês espectacular, a nossa educadora, polaca, fez não só o enquadramento histórico, mas também permitiu perceber a visão que os polacos mantêm do lugar e da sua relação atual com a Alemanha. De referir que ela perdeu vários membros da família por causa do regime nazi.
A visita compreende os campos de concentração Aushwitz I e II (Birkenau), que distam cerca de 3 km. Existe um shuttle gratuito do próprio museu que liga os dois lugares, com saídas a cada meia hora, pelo menos no verão.
Nota: chamam educadores aos guias porque eles estão ali para nos darem uma (difícil) lição de história.
Regras e outras informações úteis
No Memorial e Museu Auschwitz Birkenau é necessário observar algumas regras essenciais. Pede-se, desde logo, que os visitantes se comportem de forma respeitosa, para com memória das vítimas e dos sobreviventes. Turistas a tirarem selfies na câmara de gás ou a fazerem poses de moda em sítios onde morreram milhares de pessoas já foi notícia, infelizmente.
Para além disso:
- É proibido remover ou danificar qualquer estrutura.
- É proibido entrar com animais (exceto cães-guia).
- A visita a Auschwitz é desaconselhada a menores de 14 anos, para evitar crianças a saltarem e a fazerem barulho naquele lugar tão sombrio.
- Recomenda-se vestuário respeitador e calçado confortável.
- O tamanho máximo de sacos e mochilas é 30x20x10 cm (a referência é uma folha A4). Sacos e mochilas maiores têm que ficar nos cacifos do exterior.
- No Inverno, os visitantes devem evitar desviar-se das rotas marcadas.
- É proibido utilizar telemóveis nos blocos de exposições e na zona de silêncio do Bloco 11. De preferência, coloque o seu telemóvel em silêncio durante toda a visita.
- É proibido fotografar com flash ou tripé. Para além disso, é completamente interdito fotografar na sala 5 do bloco 4 (cabelos humanos) e no Bloco 11, onde ficam as salas de tortura.
Apesar desta regra não estar especificada em lado nenhum, é proibido comer ou beber em todo o complexo. Existe, no entanto, máquinas automáticas com café/bebidas e alguns snacks junto da entrada de Auschwitz I e um Costa Coffee no parque de estacionamento de Auschwitz II-Birkenau, que pode recorrer antes de entrar ou depois de sair dos campos.
Além de Auschwitz
Caso você esteja em Cracóvia, e para complementar esta pesada visita a Auschwitz, recomendo explorar dois bairros da cidade: Kazimierz e Podgórze.
O bairro judeu de Kazimierz tem hoje um simpático ambiente alternativo (e boa comida de rua), mas mantém muitos espaços e tradições ligadas à comunidade judaica. Ali fica a Sinagoga de Kupa, a Sinagoga de Isaac e a Sinagoga de Remuh, nas imediações do cemitério judaico, mas também o Museu Judeu Galícia. Artistas e comunidades culturais dão vida a este bairro de onde saíram mais de 40 mil judeus diretamente para os campos de concentração.
Do outro lado do rio Vístula, Podgórze ficou para a história por ali ter sido criado o gueto judeu, após chegada dos alemães a Cracóvia. Existe uma praça com cadeiras vazias em homenagem aos milhares de judeus locais mortos.
Importa visitar ainda a antiga Fábrica de esmaltes de Oskar Schindler, onde foram protegidos milhares de judeus durante a ocupação nazi. A história inspirou a famosa longa metragem de Steven Spielberg, A Lista de Schindler.
A exposição permanente “Cracóvia sob a Ocupação Nazi entre 1939 e 1945” permite conhecer, através de reconstruções, sons e imagens, a realidade de Cracóvia no período anterior à ocupação alemã até ao domínio comunista que ocorreu após a II Guerra Mundial.
Dica: a entrada no museu-fábrica Schindler é gratuita à segunda-feira, dia em que funciona apenas até às 14h00.
14 Comentários
Oi Ruthia,
não sei se aguentaria uma visita a um campo de concentração. Já li alguns livros com esse tema e o peso de toda tristeza que engloba esse local seria demais para mim. Concordo que sim, é educativo, e que não podemos esquecer esses absurdos da nossa história.
Nesse caso, acho que optaria pela visita guiada para entender mais dos detalhes históricos.
Este é, definitivamente, um lugar onde a visita guiada faz sentido. E entendo que nem toda a gente consiga visitar o lugar. Eu saí de lá bem abatida
Visitei Auschwitz há cerca de 8 anos. Foi uma experiência muito marcante e emotiva. Quase que deu para sentir os cheiros dos baracões, retretes e dos fornos de extermínio de tempos recuados.
É, sem dúvida, uma visita obrigatória, por muito que custe o passar do tempo por aquela máquina de barbárie protogonizada pelo homem. Depois da visita , cresceu em mim o cepticismo sobre aa crença na humanidade. Jamais pensei que o homem fosse capaz de se aventurar numa tão torpe ignomínia.
É, sem dúvida, uma lição de história sobre uma das facetas mais crueis da humanidade!
Abraço
CM
Há lugares onde a esperança da Humanidade sai muito abalada mesmo. Agradeço o seu feedback
Ruthia, parabéns pelo post. Já li vários a respeito de visita a Auschwitz, e o seu traz produndidade, emoção, questionamentos. Fico pensando que apesar de tantos imagens, filmes, posts, livros e documentários, ainda assim o tema não se banaliza. Eu jamais conseguiria visitar Auschwitz, só de ler já me arrepia.
Tentei manter a sobriedade, porque é muito fácil cair no dramatismo, quando se trata destes lugares e temas. Avaliando tudo, e mesmo sabendo que há muitos artigos sobre Auschwitz, achei importante contribuir para divulgar este importante memorial
Muito bem escrito seu post sobre Auschwitz – respeitoso, educativo, emocionante, triste. Essas são exatamente as emoções que senti quando visitei Dachau, outro campo de concentração também muito grande – e como vc, saí emocionalmente exaurida. Ao mesmo tempo que dá arrepios por saber que tudo aquilo aconteceu, é preciso nunca esquecer que aconteceu para que não aconteça novamente.
Não sei se algum dia visitarei o de Dachau, quando for para aqueles lados. Ou tenho que esperar algum tempo depois de Auschwitz
Tá aí um lugar que não é moleza de visitar. Não sei se um dia vou ter coragem de conhecer Auschwitz
Não é mesmo, e é bom ter consciência disso, antes de se planear a visita
Como sempre você escreveu com sensibilidade sobre um lugar que para muitos é difícil de se visitar. Incluo-me nesse rol. Eu não tenho estrutura emocional para esse passeio. Em Berlim, visitando tantos memoriais e museus sobre o Holocausto fiquei deprimida e triste. Não conseguiria ver de perto os horrores dessa história. Fiquei com o coração apertado lendo o seu post.
Eu escrevi todo o texto de coração apertado e, por mais de uma vez, vieram-me as lágrimas aos olhos. Imagina como foi lá
Ruthia, eu estive em Auschwitz em 2019 e fui sozinha pois meu marido disse que não conseguiria. Fiquei muito emocionada. Sabia que ficaria, mas fiz questão de ir. Achava que seria como uma homenagem aos que morreram de forma tão cruel, aos que sobreviveram e à história de todos. Li vários livros sobre histórias de judeus na Segunda Guerra. Sempre tive uma sensibilidade especial à história do povo judeu. Acho importante sempre ressaltarmos que não podemos esquecer o que aconteceu. Excelente post!
Muito grata pelo seu testemunho. Eu também li muitos livros sobre o assunto e vários romances baseados em histórias reais, mas nada nos prepara para o lugar