Atualizado em 6 Janeiro, 2021

Pensei que me ia espatifar mas, afinal, o marketing é genuíno. É muito fácil e divertido andar de segway, como pudemos constatar na capital da Eslováquia

Estes veículos ecofriendly de duas rodas já conquistaram muitas cidades turísticas mas, apesar do Pedrinho andar de olho neles há algum tempo, a ocasião ainda não se tinha proporcionado. Isso mudou em Bratislava, cidade que visitámos em apenas um dia. Impunha-se aproveitar bem o tempo mas sem esgotar todas as energias, até porque ainda teríamos que regressar a Viena nessa noite.

Fizemos o passeio com a Bratislava Segway (Rua Laurinska 134/3, no centro histórico) e ficámos rendidos a esta forma inusitada e rápida de explorar um destino. Assinados os termos de responsabilidade e recebidas algumas instruções, praticámos um bocado antes de nos aventurarmos na real life.

Rapidamente apanhei o jeito mas, ainda assim, não tão depressa como o pequeno explorador: como a maioria das crianças, parecia que tinha nascido com rodas nos pés.

Confesso que tive um pequeno percalço, ao tentar conduzir e fotografar ao mesmo tempo. A roda tocou na ponte e o segway bloqueou. Podem evitar as minhas figuras tristes, porque há várias paragens estratégicas para as explicações e fotos. O passeio de segway é muito tranquilo.

Começámos por atravessar a Starý Most, a velha ponte ferroviária sobre o Danúbio, em direcção à margem oposta. Ali fica o Sad Janka Krala, o maior espaço verde da cidade e um dos parques públicos mais antigos da Europa central. Muito querido entre os habitantes, o parque transforma-se numa praia na altura do estio: há areia, há espreguiçadeiras ao sol, há grandes relvados onde as crianças se refrescam com a rega automática…

Ali mora a estátua do mais significativo e radical dos poetas românticos da Eslováquia e, mais surpreendente, a ponta de uma das torres góticas da Igreja de S. Francisco, que despencou durante um terremoto mas, milagrosamente, ficou intacta (é hoje lugar de romagem para os jovens casais).

Voltámos a atravessar o rio, desta vez na Most SNP, a ponte mais recente coroada por um ovni, para nos determos junto da catedral, onde outrora ficava também uma grande sinagoga e hoje resta um memorial às vítimas do Holocausto.

Subimos depois ao Castelo, com algum receio por causa da inclinação acentuada, o piso empedrado e as ruas cada vez mais estreitas. Afinal tudo correu bem e tivemos oportunidade de apreciar também o Parlamento eslovaco, que mereceu comentários pouco elogiosos do nosso simpático guia, o jovem arquitecto Marek.

Antes de regressarmos aos escritórios para estacionar o nosso segway, ainda explorámos um pouco do centro e recebemos um chocolate Obchod v Múzeu. O tempo passou a voar.

Nessa tarde fizemos ainda uma visita guiada no centro histórico, incluída no Bratislava Card (veja 7 motivos para visitar a cidade aqui), mas o passeio de segway permitiu-nos perceber a cidade e a sua dinâmica, bem como dar uma esticada à beira-rio que, de outra forma, dificilmente conheceríamos. O city tour durou 2 horas (45€) mas a empresa oferece outras duas opções: o Castle tour (1,5 horas, 35€) e o Riverside tour (1 hora, 25€).

Avaliação do Pedro: foi a experiência mais fixe das férias de Verão e gostava de receber um segway no Natal (lamento, miúdo, o Pai Natal anda a poupar para a próxima viagem).

Nota: o nosso tour foi uma cortesia da Bratislava Segway. No entanto, como sempre, as opiniões expressas são completamente pessoais e sinceras.