Atualizado em 6 Janeiro, 2021
Viajar com o meu filho é um dos maiores prazeres da vida. Conversei com quatro mães que pensam como eu e tornaram as viagens momentos familiares tão inesquecíveis quanto rotineiros
Para quem adora viajar, levar os filhos a tiracolo numa aventura é tão normal como levá-los à escola. Há cerca de cinco anos desvendei um pouco porque decidi criar um pequeno explorador. Mais recentemente escrevi um artigo para o site da Associação de Bloggers de Viagem Portugueses – Viajar para educar: os novos cidadãos do mundo – onde enumero várias vantagens de viajarmos com as nossas crianças. São razões familiares, académicas, mas também de formação de carácter.
Claro que as crianças mudam a nossa forma de viajar, tal como mudam a nossa visão do mundo, a nossa vida e os nossos corações. Tudo tem um tempo. Há a altura certa para pôr uma mochila às costas e explorar o mundo sozinho. E há uma altura em que pode fazer sentido fazer mochilas (no plural), ou uma mala, e viajar acompanhado. Essa transformação para viajante em família pode ser deliciosa.
À medida que o Pedro vai crescendo, vai tendo uma intervenção cada vez maior nos nossos roteiros e destinos de viagem. A visita a Viena, no Verão passado, por exemplo, foi bastante influenciada pela sua paixão pela música e pelo seu professor de piano. Há pouco tempo estivemos em Sevilha, porque ele estudou a ocupação árabe da Península Ibérica e me bombardeou com perguntas sobre o assunto.
Porque cada idade traz interesses e exigências diferentes, quis ouvir a experiência de outras mães viajantes – duas brasileiras e duas portuguesas – com filhos de várias idades. Destaco a Michela que tem uma filha já com 26 anos, que ainda viaja com os pais (espero um dia dizer o mesmo). Vamos lá conhecer estas mães inspiradoras? Mantive o português do Brasil nas entrevistas das convidadas estrangeiras, porque acho um charme.
Juliana Torres – Turistando.in (4 anos)
Quando começou a viajar com o Léo?
Comecei a viajar com ele quando ele tinha 4 meses e fomos para Gramado/Canela. A escolha foi econômica – rsrsrsrs. Tínhamos milhas aéreas para gastar e acabamos escolhendo essas duas cidades. Quando ele completou 7 meses fomos para Rosario, na Argentina. Meu marido iria em um congresso e ficamos mais 1 semana ali para nos acostumarmos com o Léo fora de casa.
Qual foi o primeiro destino escolhido?
Bom, hoje eu diria que a escolha de Gramado/Canela foi uma escolha errada, pois não é uma cidade para bebês, mas serviu para aprendermos. A de Rosario foi realmente um teste, pois quando ele completou 1 ano tínhamos o plano de passar 3 meses em Berlim.
O que mudou na sua forma de viajar depois de ter um filho?
Já estávamos viajando mais lentamente, com mais tempo em cada cidade. Com o Léo a coisa ampliou: não acordamos cedo com o objetivo de fazer mil atividades e sempre procuramos atividades infantis para ele não se entediar, como parques, zoológicos e museus interativos para a sua idade. E sempre pensamos em dias extras para alguma eventualidade.
Que detalhes passou a ter em atenção?
Quando o Léo era muito pequeno, nossa maior preocupação era com a alimentação e com o horário de soneca. Por isso, levávamos papinhas industrializadas (para emergência), frutas e leite em pó. Para a soneca levávamos o carrinho de passeio, que nos serviu até uns 3 anos e meio, quando fomos ao Chile. O carrinho servia para fazê-lo dormir enquanto passeávamos, mas também para não cansá-lo. Nos ajudou muito.
Ele dá a sua opinião em relação aos destinos a visitar ou ao roteiro?
Por enquanto não, pois o Léo é muito pequeno. Mas agora ele está começando a se interessar com o mundo externo. A viagem para Floripa e para o Rio de Janeiro no ano passado foi descobridora para ele. Ele descobriu a existência de praia e passou a desejar. Mas não vejo a hora dele começar a palpitar.
Sugira um destino interessante para se levar as crianças.
De todos os lugares que levamos o Léo, a cidade grande mais “baby friendly” que visitamos foi Santiago do Chile. Além das atrações normais de uma cidade grande, a Santiago turística é repleta de praças e parques com brinquedos coletivos (playground). Além dos parques, tem o Zoológico e o Museu Interativo Mirador, que é ótimo também para as crianças maiores. E para facilitar, está perto de Viña del Mar com suas praias.
Samanta – Onde andam os Duarte (4 anos)
Quando começou a viajar com o André e qual foi o primeiro destino escolhido?
O primeiro destino foi Sevilha com 3 meses, um fim-de-semana prolongado. Para nós era muito acessível, porque moramos a pouca distância. Quando o André ia fazer 6 meses, fomos festejar ao Brasil, a Pipa.
Na altura, o motivo era porque estávamos muito cansados, queríamos um destino fácil. Fácil no sentido da língua, da alimentação e voos. Já tinha estado em Pipa, que é uma vila à beira-mar, não havia muito o que fazer e podíamos andar a pé para todo o lado. A intenção era descansar sempre que o bebé descansasse. Não viajávamos há 1 ano para longe e o “bichinho das viagens” já estava a ficar irrequieto.
O que mudou na sua forma de viajar depois de ter filhos?
Mudaram algumas coisas, a principal foi: o ritmo da viagem passou a ser o ritmo do bebé. Comecei a olhar para os seguros de viagem a sério, a ler as letras todas minúsculas. Já era minimalista na bagagem, mas depois ainda me tornei mais. Fiz muitos ajustes no orçamento. Procuro os voos com o melhor horário, em vez de só olhar para o preço. No geral, a organização mudou.
Olho para detalhes como a distância entre os lugares do avião. Certifico-me que tenho os últimos gostos de animação no tablet, caso o voo não tenha vídeo para crianças. Tenho um kit de emergência médica, que tem de tudo um pouco que o André possa precisar, se cair e esfolar um joelho ou tiver uma febre.
Ele opina em relação aos destinos a visitar ou ao roteiro?
Para já não. Só diz que não quer neve. Não gosta nada do frio, de muita roupa, de estar condicionado pelo tempo. Gosta de olhar para o mapa e saber detalhes que acha importantes para a sua idade: se tem mar, se vai ter amigos, se é de avião, que animais vamos ver, etc. Certamente vai querer escolher. Estou pronta para negociar nesse dia!
Já durante a viagem, costumamos tentar dar-lhe a escolher coisas simples: meio de transporte, comida, se quer dormir a sesta ou não. Porque serve para o manter motivado.
Sugira um destino interessante para se levar as crianças.
Sugiro sempre aquele destino a que todos queiram ir. Em que todos vão desfrutar e ninguém vai contrariado. Deixando de fora zonas de conflitos, locais extremamente inacessíveis, qualquer lugar é bom.
Há sempre lugares interessantes e pessoas que valem a pena conhecer, em todo o Mundo. As actividades não são muito importantes. É importante simplificar os dias, no quotidiano já temos actividades a mais, muito ritmo, sobrecarga de tarefas e de estímulo. Um bom destino é aquele em que há espaço e tempo para todos relaxarem e brincarem. Com poucos brinquedos, e aproveitando o que há disponível para entreter os miúdos, deixando a imaginação deles fazer o que é suposto.
Mónica Alves – Passaporte no bolso (6 e 16 anos)
Quando começou a viajar com os seus filhos e qual foi o primeiro destino escolhido?
O nosso filho mais velho tinha três meses de idade e o mais novo tinha dois anos quando viajaram pela primeira vez. Não houve nenhuma razão especial para viajarmos com eles com estas idades, apenas tínhamos uma vontade imensa de conhecermos lugares novos enquanto família. Fomos para o Algarve com o filho mais velho e para Cabo Verde com o filho mais novo.
O que mudou na sua forma de viajar depois de ter filhos?
A vida muda quando temos filhos, por isso achámos normal que a forma de viajar também mudasse. Passámos a valorizar o conforto nas viagens, nomeadamente o horário e o tempo de duração dos voos. Tentamos que a rotina diária das crianças não seja muito afectada, nomeadamente a hora de ir dormir e as refeições. Pausas para descansar e brincar, além de snacks na mochila, também passaram a ser obrigatórias nas nossas viagens.
Eles dão a sua opinião em relação aos destinos a visitar ou ao roteiro?
Os nossos filhos são curiosos e querem saber tudo antes da viagem. Querem saber que sítios vão visitar, como é o hotel, se vai estar calor ou frio, como vai ser a comida, enfim, um relatório completo! O nosso filho mais velho, em particular, gosta de pesquisar o destino com antecedência para poder explicar aos colegas como vai ser a viagem. Apesar de ser um adolescente com 16 anos, valoriza as viagens em família e o tempo que passamos juntos.
Sugira um destino interessante para se levar as crianças e adolescentes.
Uma viagem de cruzeiro é, na nossa opinião, a melhor forma de viajar com crianças. Os dias podem ser dedicados a explorar cidades excitantes e durante a noite o navio desloca-se para o próximo destino. Não é necessário mudar de hotel ou deslocações, pois na manhã do dia seguinte estaremos noutro sítio.
Além disso, os navios têm muitas actividades dedicadas aos pequenos viajantes e comida pensada nos seus gostos peculiares.
Michela Borges Nunes – Mapa na Mão (15 e 26 anos)
Quando começou a viajar com as suas filhas e porquê?
A primeira viagem mais longa de carro com a filha mais velha, Ester, ocorreu quando ela tinha quatro anos de idade. Demorou um pouco porque casámos muito cedo, adolescentes ainda, e tínhamos prioridades, como comprar uma casa, fazer faculdade, sustentar a filha e a família. Então, embora viajar sempre fosse um desejo muito grande do casal, ficava para um segundo plano.
Já com a filha caçula, outra realidade, família já estabelecida, viajar passou a ser um investimento constante e um objetivo de vida. A Letícia, caçula, fez sua primeira viagem aos dois meses, para um destino próximo de casa. Porém, ela com três meses, fizemos uma viagem mais longa de carro, de 1250 km de distância.
Qual foi o primeiro destino escolhido?
O primeiro destino mais longo da Ester foi Ilhabela, litoral paulista. Da Letícia, o mais curto foi para Gramado, no Rio Grande do Sul, e o mais longo, Foz do Iguaçu, no Paraná.
O que mudou na sua forma de viajar depois de ter filhos?
Com certeza o que mais mudou foram os cuidados. Quando viajamos com as filhas, buscamos nos precaver mais para evitar perigos ou perrengues. Também era necessário mais criatividade, principalmente quando elas eram pequenas. Por exemplo, fazer viagens longas de carro sem ser estressante, cansativo e tedioso. Então, eu inventava brincadeiras, levava objetos para distraí-las, procurava fazer uma viagem mais animada e tranquila.
Também conta a preocupação com relação ao alimento e à bagagem. Mas depois de uma certa idade, estes cuidados diminuem um pouco. Elas sempre foram muito parceiras, então, topavam qualquer negócio para viajar.
Elas dão a sua opinião em relação aos destinos a visitar ou ao roteiro?
Em relação ao destino, geralmente não. Claro que elas nos contam os lugares que desejam conhecer e sonhamos em realizar estes desejos, mas como somos viajantes econômicos, geralmente o destino nos escolhe, e não o contrário, hehehe. Principalmente em viagens internacionais. Quanto ao roteiro, bem, como a filha mais velha adora fazê-los, geralmente, decididos os destinos, ela programa o que fazer em cada um.
Sugira um destino interessante para se levar os filhos.
Para mim, a maioria dos destinos deste mundo são interessantes para se levar os filhos. Seja por ser um destino divertido, como Disney, que apesar de parecer clichê, é um lugar maravilhoso para se estar em família, ou um destino de praia, como Cancun, onde também há muita diversão, destinos históricos, de belezas naturais, arquitetônicas, culturais. Enfim, todo o novo é interessante. Os filhos se divertem, aprendem, crescem, e o melhor, desfrutam de momentos enriquecedores com seus pais e irmãos. E isto é o melhor investimento a se fazer.
Então, meu conselho é, escolha um destino, qualquer um, pode ser perto de casa ou não, inclua no roteiro coisas que seus filhos gostem de fazer, mas não só isso. Mostre a eles o mundo, o diferente, as cores, os sabores, a delícia de se estar com quem ama, e tenho certeza, eles passarão a apreciar também o prazer que é viajar e se estar em família.
Têm experiências, divertidas ou chatas, para partilharem connosco? Enriqueçam este espaço com as vossas opiniões, experiências e comentários.
39 Comentários
Que legal ler os depoimentos e entrevistas com as mamães com filhos das diferentes idades e viajantes.
Valeu! Vou ver cada blog em especial, com calma necessária pra tanto! beijos, ótimo fds! chica
São mães muito especiais. E que interessante é ver o percurso de cada viajante em formação
Querida Ruthia
Adorei este texto! E fiquei feliz em participar deste teu artigo. Espero que encoraje outras mães a fazer o mesmo!
Tenho um sonho de poder mostrar o mundo ao Léo da mesma forma que voce faz com o Pedro!
😉
É uma honra e um prazer ter-te aqui comigo e com outras mulheres inspiradoras
Viajar com crianças é bom demais! A primeira viagem do meu foi com 3 meses e a partir daí pude ver que teria que alterar muitas coisas nas minhas viagens. Hoje meu filho tem 9 anos e ama viajar. Ele também adorasaber de nosso roteiro e da os seus pitacos. Ótimo artigo
Começou cedo. É muito engraçado quando eles começam a ter opinião sobre as viagens, não acha?
Não tenho filhos e o meu sobrinho (ainda) não viaja comigo, mas espero que esse dia chegue rápido. Como bem dizes, é uma questão de percebermos que legados queremos deixar aos filhos, aos descendentes, aos mais jovens… Os motivos familiares são importantes, os académicos também, mas nada como os de formação de carácter mencionados. As ‘soft skills’ é que um dia vão definir quem somos e nada como viajar (quanto mais cedo, melhor) para termos uma melhor percepção do Mundo e de que matéria somos feitos 🙂 Sorry o testamento :)))
Testamentos destes são sempre bem vindos. É uma filosofia de vida, suponho. E acredito muito nessas soft skills de que falas. Os professores do Pedro já detectam isso. Imagina quando tiver 20 anos…
Abraço
Muito legal esses depoimentos. Eu não tenho filhos, mas lembro das viagens que fiz quando era bem novinho, não com detalhes, mas lembro momentos, e foram bem legais. Acho que essa experiencia é bem valida para ambas as partes.
Acho que o mais importante é estimular a curiosidade e a vontade de aceitar o diferente. Eu também não me lembro de todas as minhas viagens com detalhes.
Adorei ler esses depoimentos! Viajar com crianças é um tema que eu me relaciono muito pois viajo quase sempre com meu filho. A gente viaja desde que ele nasceu e sempre aproveitamos muito! Isso foi uma coisa que eu quis muito passar para ele, pois sempre viajei muito com meus pais também.
Qual o aplicativo que você utiliza para baixar vídeo no celular, assim já é uma ajuda para viajar com crianças
Quando os aviões têm ecrã, ele vê os desenhos animados e usa os jogos da companhia aérea. Caso contrário, leva o tablet com alguns jogos e um livro. Não uso nenhum aplicativo. Tem algum para sugerir?
Viajar com crianças da nos outra perspectiva. Realmente desde que comecei a viajar com os meus filhos tudo ficou diferente.
Vocês viajam bastante os quatro juntos. É lindo de ser ver
Muito legal essas entrevistas, não tenho filhos mas de conhecer algumas amigas viajantes, percebo certos detalhes que são tomados pra viagem ficar mais tranquila tanto para os pais como para a criança.
Se alguma preparação é sempre necessária em viagem, ela torna-se fundamental quando vamos viajar com crianças…
Muito bacana essa troca de experiências com as outras mamães. Começar a viajar com um bebê tão jovem é uma atitude audaciosa e muito bonita. Vemos que em pouco tempo os pequenos já estão acostumados. E sobre o seu pequeno intervir nos roteiros achei isso o máximo. Certamente será um adulto diferenciado.
Obrigada pela visita Mari. Acho que o Pedro já é uma criança diferenciada e que isso só se vai acentuar com a idade e as viagens que vai acumulando
Muito bom. quando eu engravidei pela primeira vez, as pessoas parece que torciam pelo fim das minhas viagens. Logo viram que as viagens não diminuíram com os filhos, só mudaram de estilo. Muito bom viajar com eles
É muito estranho isso. Parece que é uma afronta para algumas pessoas, o facto de não nos contentarmos com a nossa rotina e a terrinha
Viajar em família é a melhor de todas as viagens. Adoro, e estar na companhia do meu filho, acho especial. Fico observando cada reação dele, que é um grande companheiro, até nas horas de tirar as tantas fotos que faço questão, rsrs.
O meu filho é um super companheiro de aventuras. E também já ajuda com as fotos, está a tornar-se um fotógrafo aos poucos. Porque o olhar também se treina. É muito engraçado isso
Ahhh, ainda não tenho filhos, mas sempre que posso levo meus ogrinhos (vulgo sobrinhos emprestados) pra passear comigo. Acho que essa ideia de apresentar o mundo e deixar que eles absorvam e se apresentem a esse mundo é muito linda. Sempre babo quando os vejo admirados frente algo novo ou inesperado. Em breve os meus…rs
Ogrinhos é muito bom 🙂 É realmente uma sensação maravilhosa ver o seu encantamento pelo mundo, empresta alguma magia aos nossos olhos cansados
Ruthia, este post me caiu como uma luva!
Amante de viagem que sou, estou passando neste momento pela minha primeira gravidez e além, claro, de todas as dúvidas e inseguranças que este momento nos traz eu fico pensando: e minhas viagens como serão daqui pra frente? Pois bem, acredito que muda muita coisa, mas ao mesmo tempo não muda nada. Apenas mais cuidado, mais planejamento e mais paciência.
Confesso que ler estes relatos me deixou mais tranquila me fez perceber que só depende da gente. Meu pequeno viajante já vai encarar sua primeira viagem longa aos três meses de vida. Hoje moro na Espanha e vou levá-lo conhecer a família no Brasil. =D Ansiosa e muito animada para nossa primeira aventura juntos.
Parabéns Mayte. Ser mãe é uma aventura maravilhosa. E sim, só depende de nós. Depois conte-nos como foi a primeira viagem com o bebé.
Que legal conhecer a história de vocês. Nós começamos a viajar com nossa pequena bem cedo, quando nós nos mudamos de país quando ela tinha 1 ano de idade.
Oi Ruthia,
acompanho já há um tempo você viajando com o pequeno explorador, e só posso dizer que admiro! Realmente acredito que isso tem um forte impacto na formação de caráter e na ampliação da visão de mundo, e dinheiro nenhum paga isso. Espero que, se um dia eu tiver filhos, possa lhes possibilitar uma experiência tao enriquecedora desde pequeninos 🙂
O melhor que podemos dar aos nossos filhos (para além de amor incondicional) são experiências e tempo. É preciso dar ênfase ao “ser” em vez do “ter”.
Gostei imenso de ler estas entrevistas a mães “viajantes com filhos”.
É, de facto, uma delícia poder viajar com as crianças. Eu fiz isso várias vezes “por dever familiar”, atravessando os mares… Depois continuámos a passar férias sempre acompanhados pelos filhos.
Até que chega um dia… em que eles preferem a companhia de amigos para as suas escapadelas…
Até que… voltam a preferir a companhia dos pais – presentemente só da mãe, como sabes ?
RE: Também eu sou friorenta e por isso férias de praia têm de ser em locais com águas mornas (às vezes também com “mornas” cantadas… ?) Este ano vou para dois locais com essa característica: a 11 de Julho para Porto Santo (duas semanas) e depois, a segunda quinzena de Agosto para a Ilha do Príncipe.
Espero poder tomar muitos banhos no mar, que adoro!
Desejo bom Fim-de-semana
Beijinhos
Temos que aproveitar enquanto eles ainda acham piada viajar com os pais. Mas estou mentalizada que ele será um jovem autónomo, enquanto viajante também.
Viajar com crianças é super viável, não só para a Disney! Me entristece muito ver tantos pais brasileiros que se resumem a fazer isso com os filhos. Como você bem disse, há momento para viajar só e há o momento de viajar com filhos. Achei muito interessante como o Pequeno Explorador passou a influenciar na escolha dos destinos de viagem da família. Muito bacana essa interação!
Influencia e cada vez mais. Está cada vez mais opinativo!
Adorei esse post Ruthia, ler o seu relato e de outras mães que viajam é inspirador. Interessante ver as diferentes maneiras de viajar e pontos de vista, demais! 🙂 um dia serei eu relatando minha experiência! hehehe
Espero que sim, que inspire outras famílias. Ter filhos não é um impedimento para conhecer o mundo, só é preciso um pouco de adaptação. Mas isso acontece também por outros factores. Por exemplo, a nossa idade, energia e interesses vão mudando ao longo da vida… e isso reflecte-se nas nossas viagens
Post intensamente interessante, sempre estou acompanhado suas postagens tenho seu blog salvo em meus favoritos em meu navegador.
É tão bom viajar!
Acho engraçado perceber-se aqui a dimensão de Portugal e do Brasil. Viagens ainda dentro do Brasil de 1000 e tal km e que para nós a mesma distância só pode ser percorrida fora do nosso retângulo. Por exemplo Lisboa-Paris são 1740km.
Aqui as razões para viajar com a Maria pequena foram também o voltar a uma coisa que sabemos fazer. Tudo na parentalidade era uma novidade, viajar nós sabíamos. 😂