Atualizado em 12 Junho, 2022
Fez-se jornalista e viajante, depois tornou-se blogger, mas a sua primeira paixão continua a ser o surf. A prancha faz parte da sua bagagem regular, mas nem só de ondas se fazem as viagens desta menina de sorriso pronto.
A Marlene começou a surfar quando poucas mulheres o faziam, em Portugal. A paixão pelo surf levou-a a pontos do globo tão distantes como Costa Rica, Nicarágua, Sri Lanka ou Indonésia. A sede de mundo determinou também a escolha da profissão e o seu trabalho como jornalista levou-a também além-fronteiras.
Certo dia, mais precisamente a 2 de Janeiro de 2016, no rescaldo de uma passagem de ano intensa, ela tornou-se também uma contadora de histórias de viagem. Nascia o Marlene On The Move (vão espreitar!) um blog que une dois grandes amores: viagens e escrita.
Ali relata as viagens que faz e alguns dos momentos mais incríveis que viveu. Com isso pretende ajudar outros, incentivando-os a partirem à descoberta deste incrível planeta.
Se é verdade que o blog tem muitas dicas para os amantes de surf – gosto, em particular, do seu post Diz-me que surfista és, dir-te-ei que país surfar! – os temas tratados não se esgotam na praia. A Marlene gosta muito do lado cultural dos países que visita, pelo que pode ali encontrar textos sobre o Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa, os mercados de Natal da Europa ou os templos budistas do Sri Lanka.
Vamos conhecer um pouco melhor esta lisboeta que se apaixonou pela Ericeira e adora livros de aventuras.
Nome – Marlene Marques
Idade – 41
Profissão – Jornalista e autora do blog de viagens Marlene On The Move
Destino de sonho – São muitos, mas no topo estão as ilhas Fiji e o Butão
Na mala não pode faltar – Um livro e a minha prancha de surf
Sabes explicar quando ou porquê nasceu esse “bichinho” das viagens?
Se pensar bem, acho que poderá muito bem ter nascido com o meu pai. O trabalho levava-o a viajar para várias partes do mundo. Tenho várias lembranças de infância de o levar e ir buscar ao aeroporto e imaginava sempre os destinos por onde ele andava.
Depois, quando comecei a trabalhar como jornalista, também eu comecei a viajar em trabalho, a visitar outros países. Nunca mais parei.
O surf é um dos teus pretextos favoritos para viajar. Qual foi o melhor spot de surf que já conheceste em viagem?
Sim, grande parte das minhas viagens têm a componente do surf. Adoro ir à procura das melhores praias e ondas do mundo! Terei que dizer que o melhor destino de surf que visitei foi, sem dúvida, as Mentawai. São um conjunto de ilhas na Indonésia que oferecem ondas de classe mundial. Tudo num ambiente super tropical e água quente, o que para nós, portugueses, é a cereja no topo do bolo.
Pondo o surf de lado, que destino, cultura ou experiência te marcaram especialmente?
Acho que cada país, cada destino, é especial. Cada um traz-nos algo diferente. É-me sempre difícil escolher apenas um, mas se tiver que indicar um país que visitei até hoje e que me parece muito completo, diria o Sri Lanka. Para além de oferecer praias muito bonitas, tem um lado cultural e histórico muito forte, a comida é excelente e o povo muito simpático.
Quanto a uma experiência especial terá de ser o ter estado presente em Timor Leste nas comemorações do primeiro aniversário da independência, em 2003. Na altura fui em trabalho, acompanhando o Presidente da República e a comitiva portuguesa. Foi um privilégio incrível ter assistido in loco àquele momento. Ainda hoje consigo lembrar-me da felicidade estampada na cara dos timorenses.
Preferes viajar sozinha ou acompanhada?
Viajo quase sempre com o meu namorado e adoro! Somos muito parecidos. Quase nunca discutimos sobre para onde vamos ou o que queremos ver. Adoro partilhar com ele os momentos que vamos vivendo pelo caminho. Acho que tive muita sorte em achar o parceiro de viagem perfeito!
Já apanhaste um susto a sério, durante uma das tuas deambulações pelo mundo?
Não, nunca. Até hoje, sempre correu tudo bem. Talvez a situação mais sensível em que já estive foi na Nicarágua. Quando visitei o país, em 2018, decorria o conflito entre o governo e a população, que teve origem nas manifestações estudantis. Encontrei as estradas bloqueadas, a capital quase a ferro e fogo, mas, por incrível que pareça, nunca me senti insegura, nem nunca fui abordada de forma agressiva. Até pelo contrário.
O que dirias a alguém que acha que viajar é perigoso?
Viajar é tão perigoso como andarmos na nossa própria rua. Há sempre imprevistos que podem acontecer e que não podemos controlar. Mas o mais natural é que corra tudo bem e que tenhamos boas experiências.
O maior conselho que posso dar é que comece por escolher um país de entre aqueles que são tidos como “mais seguros”. A maioria das nações europeias é assim. Depois, nada como fazer alguma pesquisa sobre o destino. Os blogs de viagens são fantásticos para isso. Para além de conterem muita informação, podem sempre acompanhar as experiências que os autores tiveram no local ou até colocar algumas dúvidas. A maioria dos bloggers de viagens tem todo o gosto em ajudar.
Achei que a Marlene Marques seria a convidada perfeita para (re)animar esta rubrica dos Amigos Nómadas. Outras mulheres inspiradoras se seguirão.
17 Comentários
Gosto muito da Marlene. Uma miúda que viaja com alma e coração e com um estilo muito próprio. A Marlene tem um blogue maravilhoso que aconselho muito.
Adorei a Marlene. Mas como não gostar de alguém que curte surf e viajar? Não a conhecia e agora quero ler o seu blog.
Faz muito bem. O blog dela é muito boa onda
Adorei conhecer mais da Marlene. Tenho vários amigos que surfaram nas Mentawai e disseram que é mesmo o melhor lugar do mundo. Eu morro de medo de ondas (me afoguei quando era criança e agora já não entro mais em mar com ondas), mas tenho muita admiração pelos surfistas. Gostei de saber um pouco mais da sua história de surf e viagens.
Eu também só me aventuro no mar, em lugares calmos e, de preferência, com água bem quentinha 🙂
Mas, como vc, admiro estes intrépidos que desafiam as ondas
Temos uma coisa em comum, o desejo de conhecer o Butão! É um dos lugares que mais quero conhecer!
Eu também. Um país que tem um Ministério da Felicidade é fascinante
Acho muito legal as pessoas que conseguem aliar uma paixão pelo esporte e, com ele, viajar o mundo. Tenho amigos que fazem assim com maratonas e corridas de bicicleta.
Que bacana, adorei saber um pouco mais sobre a Marlene.
Butão? Deve ser incrível!
Que legal essa proposta de mostrar a história de uma mulher viajante e ainda surfista! Histórias como a de Marlene Marques servem para nos inspirar a explorar o mundo.
Mulher, viajante e surfista dava um título de um livro, não acha?
Pegar onda na Indonésia, que arraso! Taí uma meta pra vida!
queria muito aprender a surfar e levar a prancha como vc faz! um dia visito o butão tambem, pais eh muito lindo!
Que bacana a história e desprendimento dela! Um belo exemplo para explorarmos mais o mundo e ir além do que ele aparenta!
Não conhecia a Marlene, mas muito legal sua história. A Viviane também tem um sonho muito grande de conhecer o Butão, ainda irá realizar.
Adorei o artigo, mais um local adicionado a minha lista para viajar. Obrigado.
Gostei desse blog, salvei até no meus favoritos em meu navegador.