Atualizado em 27 Fevereiro, 2023
Coimbra, a cidade dos estudantes e da tradição académica, dos romanos e do fado deixa-nos sempre nostálgicos, sobretudo na hora da despedida. Há décadas que se sabe também que “Coimbra é uma lição, de sonho e tradição”.
Sede da primeira academia em Portugal e de uma das mais antigas da Europa, Coimbra viu o conjunto “Universidade, Alta e Sofia” ser reconhecido como património mundial em anos recentes. Mas há muito mais para explorar do que aquela colina íngreme, povoada de estudantes vestidos de negro, que motivou a distinção da UNESCO (2013).
O labiríntico centro histórico desta urbe que um dia foi capital do reino esconde muitos tesouros. E depois, impõe-se alargar o passeio à margem esquerda do Mondego, o rio que inspirou lindas canções e poemas desde tempos imemoriais. Sá de Miranda, Luís de Camões, António Nobre, Miguel Torga – todos compuseram elegias às águas claras do Munda como lhe chamavam os romanos (significa transparência, claridade, pureza). Ali ficam alguns lugares emblemáticos da história de Portugal.
Para conhecer todos os lugares que mencionamos neste post, são necessários dois dias. Mas pode sempre esticar a visita, incluindo outros pontos de interesse na região, ou desfrutando da cidade do fado mais devagar.
Venham daí nesta aventura em Coimbra (cliquem nos links para mais informações sobre horários e preços). O pequeno explorador já nem se lembrava da sua primeira visita à cidade e adorou o passeio. Como não achar graça a uma escadaria que “quebra costas” ou ficar um pouco envergonhado perante uma guitarra com traços femininos?
Começamos este roteiro na Alta de Coimbra, para visitar o principal motivo de atração da cidade: a Universidade.
CENTRO HISTÓRICO
Universidade de Coimbra
Vencemos a Porta Férrea, tão rica em simbologia, até ao Paço das Escolas, um amplo pátio com vários edifícios dignos de uma visita. É o caso do Palácio Real, onde as ilustres faculdades começaram a difundir sapiência a partir do século XVI. A antiga sala do trono, hoje conhecida como Sala dos Capelos, fica neste edifício principal, acolhe a cerimónia de abertura do ano lectivo e provas de doutoramento.
Ao lado, salta à vista a emblemática Torre com a “cabra”, nome dado a um dos sinos que, durante séculos, regulou a vida académica. O bilhete inclui ainda entrada na Capela de S. Miguel, e na majestosa Biblioteca Joanina, de decoração sumptuosa e colecção antiquíssima. Sozinha, faz a viagem a Coimbra valer a pena.
Mas a Universidade tem muitos espaços históricos, mais precisamente 21 na Alta e 10 na Sofia. Se tiver que escolher apenas alguns, não deixe de visitar o Museu da Ciência (sobretudo se leva crianças), a alguns quarteirões de distância. No edifício do Laboratório Chimico existem muitas experiências químicas e físicas para explorar e o antigo Colégio de Jesus acolhe uma notável colecção de zoologia.
A Universidade fundada por D. Dinis é tão incrível, que mereceu um post mais detalhado Universidade de Coimbra: segredos da academia.
Jardim Botânico
Voltando a cruzar a porta férrea, siga pela Alameda das Faculdades, cumprimente o D. Dinis e espreite os 125 degraus das Escadas Monumentais (um clássico da época do Estado Novo). Corre à boca pequena que as suas grandes esferas cairão no dia em que um dos alunos desta academia terminar o curso virgem.
Ali perto fica o Aqueduto de São Sebastião (século XVI) que levava água até ao Convento de Santa Ana. Entre um dos arcos, encontrará a entrada do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, de visita gratuita.
Criado no século XVIII pelo Marquês de Pombal, o jardim tem mais de 13 hectares, flora portuguesa mas também palmeiras e recantos tropicais. O jardim assume novas roupagens em cada estação do ano, o que torna a visita sempre interessante e única. Nós estivemos lá no Outono e a Alameda das Tílias brindou-nos com um tapete doirado maravilhoso.
Sé Velha de Coimbra
Começando a descer para a Baixa, encontrará a Sé Velha, um dos monumentos românicos mais imponentes do país. O templo da época de D. Afonso Henriques, quando Coimbra foi capital do reino, parece um pequeno castelo. A robusta fachada é cenário da serenata de Coimbra, noite em que os universitários esvaziam o peito em tocantes melodias.
Numa das paredes exteriores, existe uma expressão árabe, que significa qualquer coisa como “Um dia a minha mão perecerá, mas fica a marca da minha amargura“. A desconcertante inscrição remete para a florescente época de Sesnando Davides, o alvazir que governou a região antes de Portugal ser uma nação, criando uma sociedade tolerante, onde cristãos, judeus e moçárabes conviviam pacificamente.
No interior, encontrará conchas gigantes com água benta (enviadas de Timor), para além da sepultura do alvazir e um tranquilo claustro.
Quebra Costas e Arco de Almedina
Continue a descer, com cuidado, pela Rua de Quebra Costas, uma das zonas mais turísticas. Ali existem muitos bares, restaurantes e espaços artísticos: nós assistimos a um concerto tradicional de fado de Coimbra ali (dicas abaixo).
Dali ao Arco e Torre de Almedina é um instantinho. A principal entrada para a cidade intramuros divide a Alta e a Baixa de Coimbra. Na torre medieval pode visitar o Núcleo da Cidade Muralhada, onde encontrará uma maquete em escala de Coimbra antiga e do seu castelo. O objectivo é reconstituir a estrutura defensiva da cidade – muralha, torres e portas, como a de Almedina, de Belcouce ou de Barbacã.
Igreja e Mosteiro de Santa Cruz
Chegamos à Praça 8 de Maio, casa do Município e também da Igreja de Santa Cruz, anexa do convento homónimo fundado em 1131 com o apoio de D. Afonso Henriques. Aliás o monarca – que vinha aqui rezar depois das batalhas – e o seu filho estão sepultados neste panteão nacional. A entrada na igreja é gratuita, mas existe um bilhete que dá acesso aos túmulos reais (com esculturas da época manuelina), a um museu de arte sacra, ao claustro do silêncio, ao cadeiral do coro alto e a uma capela repleta de relicários (que é surpreendente).
Se as energias faltarem, entre no histórico Café Santa Cruz e prove um crúzio. O doce de origem monástica homenageia os monges de Santa Cruz, claro, incluindo o primeiro rei.
Os cónegos regrantes que habitavam em Santa Cruz eram denominados por “crúzios”. Esta designação era extensiva a todos os que viviam à sombra do mosteiro (…) D. Afonso Henriques era também crúzio, dado que foi um dos fundadores, tendo “professado” como elemento da Ordem Terceira de Santa Cruz.
Museu Nacional Machado de Castro e outros recantos
Se lhe sobrar tempo e vontade, visite o Museu Nacional Machado de Castro, o mais importante de Coimbra. Não só pelos edifícios históricos que ocupa. Não só pela colecção de arqueologia, escultura, cerâmica que vieram, na sua maioria, de mosteiros e conventos abandonados da região.
Mas porque é um espaço incrível. Como não abrir os olhos em assombro, perante o gigante criptopórtico onde, há dois milénios, assentava o fórum de Aeminium (a Coimbra romana)? O criptopórtico romano pode ser acedido no piso inferior do Museu, através de uma rede de galerias e espaços comunicantes.
Como se não bastasse, ainda tem um serviço de cafetaria com uma vista deslumbrante sobre a cidade e o rio. E deixe-se perder pelas ruas sinuosas, descubra detalhes menos conhecidos como o Paço de Sobre Ripas, construído em cima da Torre da Contenda, e a vizinha Torre do Anto, onde o António Nobre morou, no século XIX.
O poeta aqui viveu no oiro do seu Sonho
Por isso a Torre esguia o nome veiu d’Anto
Legenda d’Alma Só e coração tristonho
Que poetas ungiu na graça do seu pranto
MARGEM ESQUERDA DO MONDEGO
Da esplanada do Museu Machado de Castro temos uma vista deslumbrante do rio Mondego, que desce da Serra da Estrela para banhar esta cidade de estudantes, antes de se lançar no mar, lá para os lados da Figueira da Foz. É para lá que nos encaminhamos no segundo dia.
Parque Verde do Mondego
As margens do rio possuem muitas zonas verdes para explorar em família. O Parque Verde do Mondego tem cerca de quatro quilómetros de trilhos e ciclovias, bares e restaurantes com uma grande esplanada, assente numa plataforma de madeira sobre o rio. Existe ainda um parque infantil, pavilhões de exposições temporárias e o Pavilhão Centro de Portugal, projectado por Souto Moura e Álvaro Siza Vieira.
As duas margens deste rio claro e puro (se calhar já não na medida dos tempos romanos) é unida pela ponte pedonal Pedro e Inês. Esta homenagem à famosa história de amor continua noutras paragens da margem esquerda.
Se atravessou a pé, encontrará do outro lado um campo de areia para jogar voleibol de praia, parque de skates, parque de merendas e pavilhões de apoio às actividades náuticas: barco pneumático, canoa, gaivota ou até barca serrana, a tradicional embarcação que antigamente transportava a roupa das lavadeiras ao longo do Mondego.
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
O mosteiro patrocinado pela Rainha Santa Isabel foi “substituído” por um convento novo num ponto mais alto, por causa das cheias constantes do rio Mondego. Quando as monjas clarissas se mudaram para o novo edifício, mandado construir por D. João IV, o antigo passou a chamar-se Santa Clara-a-Velha e ficou abandonado.
Felizmente, o complexo foi recuperado no final do século XX, revelando um espólio riquíssimo, já visitável. Existe um percurso ao ar livre, que dá uma perspectiva do exterior do mosteiro e das estruturas arqueológicas descobertas, e um centro interpretativo.
Na minha opinião, é simplesmente mágico visitar o mosteiro ao final da tarde, durante uma das peças de teatro dedicadas a Pedro e Inês. Eu tive o privilégio de participar num desses espectáculos interactivos com jantar, da companhia Fatias de Cá, e amei.
Quinta das Lágrimas
Continuamos a seguir o trilho deixado pela lenda de Pedro e Inês, na Quinta das Lágrimas. A estória do amor proibido entre o infante D. Pedro e Inês de Castro, dama de companhia da rainha, marcou profundamente a história de Portugal.
O infante marcava encontros românticos com Inês nos jardins da Quinta das Lágrimas e, após a morte da esposa, passou a viver maritalmente com ela, contra a vontade de todo o reino. Consta que Inês foi assassinada, por ordem do rei, junto à Fonte das Lágrimas e que o sangue ficou marcado nas algas, ainda hoje vermelhas.
Hoje a propriedade pertence a um hotel (lindo, caríssimo e de 5 estrelas), mas os jardins podem ser visitados pelos comuns mortais. Para além da Fonte dos Amores, procure as sequoias gigantes, plantadas para celebrar a estadia do Duque de Wellington naquela quinta.
Mosteiro de Santa Clara-a-Nova
Um pouco mais acima encontramos o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, onde repousa o túmulo de D. Isabel de Aragão, conhecida como Rainha Santa e padroeira de Coimbra. Este mosteiro barroco veio, como já referi, substituir o mais antigo no século XVII.
Com a morte da última freira, em 1891, o mosteiro barroco, igreja, casas do hospício e hospedaria passaram a pertencer à Confraria da rainha Santa Isabel. O corpo incorrupto da rainha está num lugar de honra da igreja maneirista, numa urna de prata, e recebe a visita diária de muitos devotos.
O túmulo original em pedra, mandado fazer pela própria rainha, situa-se no coro baixo, onde um conjunto de painéis de madeira policromática narram a história da sua vida. Saímos do mosteiro depois de uma longa pausa na tranquilidade dos claustros, terminando o dia no miradouro do mosteiro, com uma vista soberba sobre a Alta de Coimbra. É verdade o que dizem: Coimbra tem (ainda) mais encanto, na hora da despedida.
Se levar crianças, não deixe de visitar o Portugal dos Pequenitos: mundo liliputiano.
DICAS ÚTEIS
Como chegar
Coimbra fica entre Lisboa e Porto. Chega-se facilmente à cidade de carro, através da A1: a viagem dura pouco mais de 1 hora desde o Porto e 2h20 desde Lisboa. É possível usar também o comboio (consulte os horários da CP) ou os autocarros da Rede de Expressos. No caso de optar pelo comboio (trem), deverá sair na estação Coimbra B e mudar para um comboio até à estação Coimbra A, que fica mais perto da Baixa da cidade.
Onde ficar
Se procura uma boa localização, poderá considerar o Hotel Astoria (3 estrelas) e o Stay Hotel Coimbra (4 estrelas). Se viaja para assinalar uma data especial, invista no Solar Antigo Luxury Coimbra ou na Quinta das Lágrimas onde, embora mais longe do centro histórico, será tratado como realeza.
Onde comer
Se gosta de petiscos e tapas, num ambiente cool, sugiro o Fangas Mercearia Bar. Para refeições económicas, caseiras e honestas, há a casa de pasto Taberninha (Praça do Comércio) com um menu diário a 10€ que inclui prato, sopa, pão, bebida, café e ainda sobremesa. Já lá comi uma caldeirada de peixe e uma feijoada de chocos bem simpáticas.
Para um almoço ou jantar tradicional, A Taberna é sempre uma opção segura. Recentemente conheci a República da Saudade, um pouco afastada do centro histórico, onde comi uns filetes de polvo com arroz de tomate do outro mundo. Às vezes tem fadistas a actuarem.
Onde ouvir fado
E por falar no fado de Coimbra, se quiser assistir a um espetáculo pode optar pelo Fado ao Centro, perto da Torre de Almedina, ou por um espetáculo com jantar no centro cultural aCapella.
Nós fomos ao primeiro, pela sua localização, e porque existe um enquadramento a este fado com influências românticas, tão diferente do de Lisboa e cantado apenas por vozes masculinas. Foi a primeira vez que o pequeno explorador apreciou fado e eu queria um repertório clássico. O espetáculo durou cerca de uma hora e o fadista, um aluno da Universidade, foi acompanhado por duas guitarras, uma tradicional de Coimbra e outra clássica. Paguei 10€ (crianças até aos 11 anos não pagam).
A outra casa de fados fica numa antiga capela recuperada, de Nossa Senhora da Vitória, e inclui jantar num ambiente descontraído e fado, clássico e de fusão. O valor do jantar+espectáculo é de 30€ por pessoa.
Se pretende visitar a cidade (e região) com os miúdos, vai querer ler ainda Coimbra com crianças: dicas e passeios.
19 Comentários
Que encantadora é Coimbra e com tantas atrações além da Universidade. São lindos os parques, mas adorei a possibilidade de visitar o mosteiro com direito a apresentação de teatro e jantar. As crianças devem gostar.
O único senão do programa espectáculo+jantar é que termina tarde, para quem tem crianças pequenas. Mas o meu filho adorou
Tendo eu nascido em Figueira da Foz… nada mais natural do que conhecer muito bem a minha capital de distrito – Coimbra!
Esta cidade, para mim, é mística! Com tanto “recheio” como raramente se encontra noutro local.
Inexplicavelmente… e depois de lá ter estado inúmeras vezes, não conhecia o convento de Santa Clara-a-Velha – agora em ruínas – carregado de História. Uma maravilha que conheci numa das últimas vezes que visitei Coimbra.
Por todos os motivos… vale a pena visitar Coimbra.
Desejo uma semana feliz
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Não sabia que é natura da Figueira da Foz. O Convento de Santa Clara-a-Velha esteve muitos anos fechado ao público. Mas é um lugar maravilhoso, que todos os que visitam a cidade deviam conhecer
Que linda a cidade de Coimbra! Não sabia que havia tanto a ver e conhecer além da famosa universidade. Parece uma viagem ótima para fazer com crianças.
Do meu ponto de vista, todas as viagens são ótimas para se fazer com crianças, desde que se tenha em consideração os interesses delas quando se planeia o roteiro.
Amei este roteiro de Coimbra. Inclusive indiquei ele para uma amiga que está indo a Portugal. Confesso que fiquei louca pra provar os doce de origem monástica!
Na minha viagem por Portugal quase 20 anos atrás, passamos uma noite em Coimbra e adorei passear por lá. Foi ótimo rever essa cidade linda aqui no seu post! Quero voltar pq claro que não tive tempo de ver tudo em Coimbra!
Uma noite em Coimbra… foi durante o ano letivo? Aposto que encontrou os bares apinhados de estudantes, não?
Coimbra, prepare-se, eu vou lá para te conhecer! Muito obrigado pelas dicas e o roteiro!
Que lugar lindo e cheio de cultura. Amei o roteiro, deu vontade de conhecer a cidade
Eu não hei de morrer sem ir a Coimbra. Tantas vezes a vejo perto quando viajo para Norte ou para sul, mas passo sempre ao Largo. Estive lá quando tinha 7 anos. Numa excursão. Mal saímos da camioneta, minha mãe sentiu-se mal, foi para o hospital onde foi operada de urgência e ficou internada. Meu pai ficou em Coimbra e nós (eu e meus dois irmãos mais novos) regressámos entregues a uns tios que também tinham ido na excursão. Há três anos ia a Coimbra com a turma de literatura numa visita de estudo sobre os amores de Pedro e Inês, Na véspera da visita, adoeci, fui para o hospital do Barreiro, onde fiquei em observação. Depois disso andei por lá passeando no Google, numa pesquisa para o meu conto “O direito à verdade”. Mas acredito que lá hei-de ir.
Abraço
Caramba Elvira. Se acreditasse nessas coisas, diria que Coimbra não está escrita no seu destino. Vai conhecer sim e trará lindas recordações da cidade dos estudantes
Uma lindeza sem fim querida Ruthia! Espero que estejas tudo bem nesse tempo de quarentena.
Muito obrigada Silvio. Por aqui continua tudo tranquilo, em isolamento. E vocês? Um abraço
Ual, que post super completo. Com certeza o Mapa de Coimbra ajuda na localização das atrações e planejamento do roteiro de viagem. Adoramos o post 🙂
Adoro Coimbra, onde estudei… Sou da Serra da Estrela, onde o Rio Mondego nasce, e em Coimbra quando estudante me apaixonei pela minha mulher natural da Figueira da Foz (onde o Rio Mondego desagua no mar)…
Esse rio e essa cidade nos uniu para sempre, já quase há 40 anos.
Quem tenha estudado nessa cidade, ela nunca nos sai da alma
Que lindo depoimento. Neste caso, a cidade está intrincada na vossa história pessoal. Espero que essa união dure outro tanto!
[…] nossa base foi a vila homónima, a 28 km de Coimbra, rodeada de imponentes montanhas onde pontilham algumas das mais charmosas aldeias de xisto. […]