Atualizado em 28 Dezembro, 2023

Herdou o nome dos celtas, deu abrigo a Leonardo Da Vinci e viu Napoleão chegar, triunfal, para ser coroado. Chegámos a Milão, a capital da Lombardia

Milão é, sim, a capital da moda e das compras, do design, das lojas luxuosas e da alta costura. Mas não se resume a isso. A cidade italiana é também terra de risotto alla milanese, a deliciosa mistura de arroz, açafrão e queijo. É lar de uma das maiores obras-primas de sempre e de uma das mais conceituadas casas de ópera do mundo.

Igualmente importante, Milão definiu metas ambiciosas para abandonar a sua imagem cinzenta e tornar-se uma cidade verde, junto com a rede de cidades globais que abraçam os objetivos de sustentabilidade da ONU. Por exemplo, pretende tornar-se neutra em carbono até 2050 e reduzir as emissões de CO2 em 45% até 2030.

A capital da moda soube combinar história e modernidade, oferecendo aos visitantes um ambiente cosmopolita e, sendo relativamente pequena, é perfeita para visitar a pé. Dois ou três dias serão suficientes para conhecer o essencial, da imponente catedral, ao castelo, das igrejas seculares à grande variedade de museus e galerias de arte. Mas não se vai arrepender se reservar mais tempo para dar um saltinho ao Lago Como ou seguir para Verona, Pádua e Veneza. 

Abaixo listamos as principais opções de visitas e passeios, para ajudar a planear o seu roteiro na capital da Lombardia. Clique nos links para informação atualizada sobre horários e preço dos bilhetes.

Leia também Carnaval de Veneza, a mais bela folia do mundo

Leonardo da Vinci

Última Ceia

A Última Ceia foi o motivo que me levou inicialmente a Milão. Um tesouro renascentista que dispensa apresentações e está no refeitório anexo à singela igreja de Santa Maria delle Grazie.

Milhares de turistas vêm todos os anos para admirar o mural que representa a última refeição de Cristo com os seus apóstolos, pelo que importa marcar a visita com bastante antecedência. Habitualmente as reservas abrem três meses antes, para uma experiência única, mas que dura apenas 15 minutos num grupo pequeno, para proteger a obra-prima de Leonardo Da Vinci.

Admirar o mural foi tão emocionante quanto imaginei e dediquei-lhe um artigo detalhado – Milão de Leonardo: de visita à Última Ceia.

Inclua a Última Ceia no roteiro em Milão

Duomo de Milão

A Madonnina brilha, fulgurante, no pináculo mais alto da catedral, à medida que emergimos das profundezas do metro. A enorme estátua banhada a ouro é tão importante como o Duomo, uma das mais belas catedrais góticas da Europa, que demorou quase meio século a ser construída, num maravilhoso mármore branco-rosa de Candoglia, que chegava através dos canais de Milão.

Houve um tempo em que ninguém se “atrevia” a construir mais alto do que os seus 108,5 metros. Até que, nos anos 60, a sede da Pirelli quebrou essa regra, superando a altura da protetora da cidade. Mas os modernos arranha-céus entretanto erguidos estão suficientemente longe para a Santa Maria Nascente reinar sobre esta praça apinhada.

Diz a lenda que o diabo se apresentou ao duque de Milão, Gian Galeazzo Visconti, oferecendo a salvação da sua alma em troca da construção de uma grande igreja, com muitas imagens suas. As 96 gárgulas demoníacas parecem corroborar esta estória.

O interior é tão grandioso como o exterior, ainda que mais escuro e introspetivo: 52 colunas erguem-se elegantes até às alturas, enquanto sarcófagos de mármore desfilam nas laterais. Alguns dos vitrais que retratam cenas bíblicas e filtram a luz são do século XIII. Pouco depois, surge a magnética estátua de São Bartolomeu, que segura a sua própria pele como um manto, numa metáfora artisticamente dramática do seu martírio.

visitar Milão e a sua catedral

Não admira que Napoleão tenha escolhido o Duomo para ser coroado imperador de Itália, alguns anos depois da sua polémica auto-coroação em França. Recordo-me da minha primeira visita ao Louvre, há ziliões de anos, e de como fiquei impressionada com a tela gigante de Jacques-Louis David, que pintou Napoleão a coroar a sua Josephine na catedral Notre Dame. Hoje, tenho pena que não tenham feito um quadro da segunda coroação.

Mas a catedral de Milão tem ainda outra lenda que merece ser contada. Dizem que guarda um dos pregos do martírio de Cristo. Doado pela mãe do imperador Constantino (que oficializou o cristianismo com o Édito de Milão), quando a cidade era a capital do império, todos os anos, o prego é exposto durante dois dias. Mas, provavelmente, o mesmo acontecerá com os mais de vinte pregos sagrados espalhados por outras igrejas do mundo…

A visita ao Duomo só fica completa com uma subida aos céus. Duzentas e tal escadas vencidas, chegamos ao telhado, uma galeria de esculturas que enfeitam 135 agulhas rendilhadas (pode “adotar” uma, contribuindo para a sua manutenção). Há um bilhete que dá direito a uma subida por elevador, mas nós temos que queimar as calorias das massas/pizzas.

terraços do Duomo em Milão

Galeria Vittorio Emanuele

Seguimos para “il salotto di Milano”, a bela sala de visitas de Milão, logo ao lado da catedral. A galeria Vittorio Emanuele data do século XIX, ou seja, é um dos centros comerciais mais antigos do mundo e foi o primeiro edifício italiano a usar metal e vidro como parte da estrutura.

Ali ficam lojas luxuosas, como a primeira Prada aberta em Itália, e restaurantes históricos que devem, obrigatoriamente, ter os seus nomes escritos em dourado com fundo preto. Um café ali custa uma exorbitância, mas é servido numa chávena de design, provavelmente italiano.

Nos mosaicos que cobrem o chão, há signos do zodíaco e símbolos de grandes cidades italianas. Entre estas, destaca-se o da cidade de Torino. Dizem que apoiar o calcanhar nos testículos do touro e rodar três vezes dá sorte. Bem, que dizer? O pobre do bicho é vítima da sua popularidade, no lugar do túbaro há já um buraco, que tem que ser consertado regularmente. Não consigo deixar de cogitar no que pensarão os habitantes do Torino acerca desta estranha superstição!

O longo corredor da galeria liga o Duomo até outra praça, onde fica uma das mais prestigiadas casas de ópera do mundo: o teatro alla Scala, onde Verdi iniciou a sua carreira.

Teatro alla Scala

Na noite fria de 7 de Dezembro, a cidade acorda para uma nova temporada de ópera no Teatro alla Scala.Os milaneses vão chegando elegantemente vestidos, sob o olhar atento de Leonardo Da Vinci que, com a sua longa barba e característico barrete (o Pedro reconheceu-o graças a isso), domina a Piazza alla Scala. Muitos outros aguardam na Galeria Vittorio Emanuele pelo primeiro espetáculo transmitido num ecrã gigante.

O maestro Daniel Barenboim levanta a sua batuta e a magia começa. A plateia emudece, enquadrada numa sumptuosa moldura de vermelho e dourado, sob o majestoso lustre em vidro de Murano, como nos tempos da imperatriz Maria Teresa.

Criado no século XVIII, o teatro alla Scala é uma das casas de ópera mais famosas e de maior prestígio do mundo. Mozart tocou aqui, nos seus verdes anos. As vozes mais extraordinárias fazem parte da sua história: Maria Callas, Luciano Pavarotti, Plácido Domingo, Teresa Berganza, Joan Sutherland, Montserrat Caballé, José Carreras. A extraordinária dupla Margot Fonteyn-Rudolf Nureyev pisou este palco.

visite o teatro alla scala em Milão

Mas se o teatro está ligado a algum nome é ao de Verdi, que aqui iniciou a sua carreira. Nabbuco (1842) foi a sua segunda ópera apresentada no alla Scala, garantindo-lhe um lugar no panteão dos compositores.

A história do rei babilónio Nabucodonosor, que invade Israel, ecoou fundo na alma dos italianos, numa altura em que o norte do país estava ocupado pelo trono austríaco.

Quem não conseguir assistir a uma ópera, pode sempre fazer uma humilde e muito mais barata visita ao museu do teatro, que permite vislumbrar o seu palco épico em estilo neoclássico.

As relíquias do museu merecem, de resto, uma visita por si só: ali repousa um dos pianos de Liszt, trajes e libretos de várias produções, salas dedicadas a grandes compositores ligados ao teatro…

visitar Milão

Biblioteca Ambrosiana

Não muito longe do trio “duomo-galeria-teatro” fica a Biblioteca Ambrosiana, fundada em 1609 pelo Cardeal Federico Borromeo. O seu acervo inclui livros, manuscritos, mapas, desenhos, e uma galeria de arte com obras de mestres como Caravaggio, Botticelli e Rafael.

Entre os tesouros da biblioteca, destaca-se o Codex Atlanticus, um conjunto de desenhos e apontamentos científicos deixados por Leonardo Da Vinci. Outra curiosidade é o relicário de vidro com uma mecha do cabelo arruivado e dois pingentes de Lucrécia Bórgia. Desta filha ilegítima do Papa Alexandre VI se diz que envenenava amantes, cometia incesto e, mesmo depois de morta, enfeitiça poetas ao verem a relíquia…

O espaço organiza visitas guiadas em inglês todos os sábados à tarde, para contextualizar as suas obras-primas.

Castelo Sforzesco de Milão

Castelo Sforzesco e parque Sempione

Milão foi o lar de Leonardo Da Vinci durante 17 anos, ao serviço Ludovico Sforza, duque e mecenas das artes. É possível conhecer os “humildes” aposentos do duque, onde o seu génio de estimação mantinha as oficinas: o Castelo Sforzesco, bem no coração da cidade.

Wm tempos uma  das maiores cidadelas da Europa, o edifício monumental do século XV acolhe hoje uma série de museus: pinacoteca (com mais de 1500 obras de arte do século XIII ao XVIII, incluindo algumas de Michelangelo), Museu de Arte Antiga, Museu Arqueológico, Museu de Artes Decorativas, Museu Egípcio, Museu de instrumentos musicais, etc.

O vasto pátio interior do castelo é de acesso livre e acolhe eventos culturais com regularidade. O conjunto prolonga-se no vasto Parque Sempione, considerado o “pulmão” de Milão, onde os duques levavam os seus convidados a caçar. Ao fundo do parque, pode apreciar o belo Arco della Pace, mandado construir por Napoleão para a sua entrada triunfal na cidade.

arco della pace

Quadrilátero da Moda

São quatro as ruas de oiro no bairro de Brera, um dos mais charmosos de Milão, que reúnem algumas das lojas mais caras e exclusivas do mundo: Via Manzoni, Via Montenapoleone, Via della Spiga e Via Sant’Andrea. Este bairro residencial é famoso pelo Quadrilátero da Moda, mas também pelo seu ambiente cultural – ali perto encontra a Pinacoteca di Brera, com uma vasta coleção de arte italiana renascentista.

No jornal Milano Free encontra mais informações sobre cada uma das ruas e os principais eventos de moda. Saiba que a cidade tem duas grandes épocas de saldos: de verão, do primeiro sábado de julho até o começo de setembro; e de inverno, do primeiro sábado de janeiro até o começo de março. Mesmo que não pretenda fazer compras, vale a pena conhecer o bairro e apreciar as montras.

Não muito longe, existe um roteiro alternativo, inspirado na arquitetura art nouveau: o maravilhoso Quadrilátero do Silêncio. Leia Quadrilátero da moda de Milão ou Quadrilátero do Silêncio?

Moda em Milão

Pinacoteca di Brera

A Pinacoteca di Brera abriga uma das coleções de arte mais importantes de Itália. Instalado no Palazzo Brera (século XVIII), este museu é lar de uma impressionante coleção de pinturas e esculturas, com peças de artistas italianos como Leonardo Da Vinci, Rafael, Caravaggio e Tintoretto, mas também de outros azimutes da Europa (obras de Rubens e Rembrandt, por exemplo).

Tudo começou num antigo mosteiro, que os monges quiseram transformar num centro cultural, com escola, observatório astronómico e biblioteca. Desde então, a coleção cresceu, até culminar nas atuais quarenta salas, dispostas por ordem cronológica, de acordo com a técnica de arte utilizada.

Entre as obras mais famosas, destacam-se as telas O Casamento da Virgem de Rafael e a Última Ceia em Emaús de Caravaggio, a Pietà de Bellini (vídeo abaixo), sem esquecer um Napoleão como Marte Pacificador, esculpido pelo sublime Antonio Canova.

Igreja de San Maurizio

A fachada triste e cinzenta não impressiona, mas o título de “capela Sistina de Milão” é suficiente para fazer viajar a imaginação, pelo que percorremos a barulhenta Corso Magenta, em busca da Chiesa San Maurizio al monastero maggiore.

A igreja foi construída no centro de um dos mosteiros femininos mais antigos e prestigiados da cidade, beneditino, que recebia meninas de famílias abastadas desde a primeira metade do século XVI. Foi extinto por Napoleão, como muitos outros pela Itália fora. Parece que o imperador gostava mais de jardins do que de igrejas: durante a ocupação francesa ordenou o encerramento ou demolição de dezenas, espoliando-os das suas riquezas.

Dividido em duas salas, o interior do templo é coberto de afrescos do chão ao teto. A igreja é uma espécie de museu da arte lombarda da época, sobretudo da escola vinciana. Vários alunos de Leonardo, incluindo Bernardino Luini (um dos pupilos mais famosos), trabalharam nestas paredes.

a capela sistina de Milão

O veneziano Simone Peterzano, que ficou para a história apenas porque foi mestre de Caravaggio, também deixou aqui o seu traço, com O Regresso do Filho Pródigo e Expulsão dos Mercadores do Templo.

As crianças são atraídas por uma parede que representa a arca de Noé, pintada por um dos filhos de Luini. O conjunto tem uma discrepância: todos os animais estão representados aos pares, mas há um pequeno cão perdido ali no meio. Parece que o pintor tinha um pequeno companheiro de quatro patas que o acompanhava para todo o lado e quis inclui-lo na sua obra!

A Igreja de São Maurício foi “devolvida” à cidade de Milão em 2015, após obras de restauro que se prolongaram por duas décadas. Talvez por isso não esteja abarrotada de turistas. Apesar de ser um belíssimo templo, não se compara à maravilha que é a Capela Sistina.

#Curiosidade: a missa que aqui se celebra é um pouco diferente, porque Milão tem o seu próprio rito católico histórico (conhecido como o rito ambrosiano), igualmente praticado noutros locais da Lombardia e no cantão suíço de Lugano. Alguém já assistiu?

Navigli

Conhecido pelos canais, bares e restaurantes, Navigli estende-se por ruas em calçada de prédios coloridos. O charmoso bairro é um destino popular sobretudo ao final da tarde, quando os animados bares oferecem a sua happy hour – um ritual milanês antes do jantar.

Na verdade, navigli significa um sistema de canais interligados (originalmente eram cinco), que remonta à Idade Média e deu acesso ao exterior, através do rio Pó. O sistema de represas e eclusas foi projetado por Leonardo Da Vinci, permitindo o transporte de mercadorias – o mármore utilizado na construção do Duomo chegou por esta via – e fornecimento de água a Milão.

Hoje, o Naviglio Grande e o Naviglio Pavese são os únicos canais visíveis e estão rodeados de bares e restaurantes. Junto do primeiro realiza-se também  o mercado de antiguidades, no último domingo de cada mês. Dizem que é um bairro romântico, sobretudo à noite, com as luzes refletidas nos canais, mas, quando visitei a região, os canais estavam sem muita água e sem muita graça.

#Nota: Parece que agora é possível fazer passeios de barco nos canais, pelo que, suponho que o nível da água esteja normalizado.

bairro de Navigli

Bosco Verticale

Localizado no distrito comercial e inaugurado em 2014, o Bosco Verticale é um complexo arquitetónico projetado pelo arquiteto Stefano Boeri, com a ajuda de horticultores e botânicos. Composta por duas torres residenciais de 76 e 112 metros de altura, a floresta vertical faz parte do processo de renovação urbana de Milão.

Boeri teve a ideia de criar uma torre vegetal enquanto visitava Dubai, onde arranha-céus cobertos de vidro e metal refletem a luz do sol e aumentam o calor do solo. Pensou então num novo tipo de torre, mais fresca, mais verde e mais romântica, integrando a ecopaisagem no ambiente urbano.

As duas torres incluem inúmeras árvores, arbustos e plantas perenes espalhadas pela fachada, com o objetivo de aumentar a biodiversidade na cidade, reduzir a expansão urbana e contribuir para a regulação do microclima. O espaço recebeu inúmeros prémios, como o International Highrise Award (2014), e foi reconhecido pelo Council on Tall Buildings and Urban Habitat como “o mais belo e inovador arranha-céu do mundo em 2015.”

Bosco verticale e a modernização de Milão
©  Gábor Molnár na Unsplash

#Dica: é possível fotografar esta floresta que orgulhosamente se ergue entre ferro e vidro desde os terraços do Palácio Lombardia.

Museu Leonardo Da Vinci

A cidade dedicou um espaço ao génio do Renascimento que tanto influenciou a sua história, que deve incluir no seu roteiro em Milão: o Museo nazionale della Scienza e della Tecnologia Leonardo Da Vinci (Museu de Ciência e Tecnologia Leonardo Da Vinci).

Instalado num antigo mosteiro, o museu apresenta dezenas de modelos que recriam invenções ousadas de Leonardo. Diz-se que é a maior exposição permanente dedicada àquele génio italiano, enaltecendo o seu perfil de engenheiro, mas também humanista. Destaque-se, no conjunto de salas dedicadas a Leonardo Da Vinci, a instalação imersiva inspirada nos seus desenhos.

Aquela é apenas uma pequena parte do acervo do gigantesco museu que se desdobra em vários andares, com espaços dedicados à aviação, ao comboio e outros meios de transporte, ao espaço, entre outros temas tecnológicos. Devido ao seu tamanho, o submarino Toti repousa no exterior do museu, depois de 30 anos a patrulhar as águas do Mediterrâneo, durante a Guerra Fria.

estátua de Leonardo Da Vinci

Esticar a viagem ao Lago Como

Este é um passeio clássico para quem visita Milão, e com muita lógica. Para além de paisagens deslumbrantes e montanhosas, o acesso ao lago de origem glacial é relativamente fácil e rápido, seja de comboio, seja de carro. As principais cidadezinhas que permitem desfrutar desse cenário cinematográfico são Como, Bellagio, Varenna, Tremezzo e Menaggio. Li que a aldeia mais exclusiva (e luxuosa) junto do lago é Lierna, mas não tenho dicas acerca dela.

No nosso caso, passámos um dia em Varenna e gostámos imenso deste que é o terceiro maior lago da Itália, depois do lago de Garda e do lago Maggiore, e um dos mais profundos da Europa, que assume a forma de um Y invertido.

vista do Lago Como

Dicas práticas sobre Milão

Quando visitar Milão

A melhor época para viajar para Milão é de abril a setembro, altura em que chove menos. O mês mais chuvoso é outubro e janeiro o mais frio. Agosto é o mês do Ferragosto, altura em que os italianos estão de férias, pelo que tudo fica mais caro e cheio. Considere também os eventos que acontecem em Milão na agenda de eventos do Yes Milano, de forma a coincidir ou evitar essas datas.

Do aeroporto ao centro de Milão

Existem várias opções de transporte para ir do aeroporto de Milão para o centro da cidade, sendo as mais comuns o comboio (Malpensa Express), autocarro, táxi ou transfer. O Malpensa Express, com partida no subsolo dos terminais 1 e 2, é a forma mais rápida de chegar à estação Milano Centrale. A viagem demora cerca de 54 minutos neste comboio que sai a cada 30 minutos, entre as 5h37 e as 22h37. Tenha atenção que é possível comprar bilhete de ida e volta (não se esqueça de validar o bilhete, antes de entrar).

O autocarro (ônibus) é a forma mais económica, num percurso que demora cerca de 1h20 e tem paragem numa rua lateral à estação de comboios Milano Centrale. O autocarro sai do Terminal 1 e 2, entre 5h30 e 1h40. O transfer é a opção mais cómoda, mas também a mais cara, mas que pode compensar se o seu voo chega a horas pouco simpáticas: agende aqui o seu transfer.

Para mais opções e atualizações, veja o site oficial do aeroporto Malpensa.

ruas de Milão

Onde se hospedar em Milão?

As melhores regiões para escolher alojamento são o centro histórico (ali dentro, a região de Brera é mais indicada para quem gosta de vida noturna), Porta Venezia (se procura tranquilidade em Milão, bem perto do Quadrilátero da Moda) e Navigli, bairro menos central, mas muito seguro e animado.

Claro que o centro histórico, por estar próximo das principais atrações da cidade e ser muito procurado, apresenta preços mais elevados. Se o orçamento não for problema, duas opções centrais, muito próximas da catedral, e de qualidade são o The Glamore Milano Duomo (*****), um edifício histórico, ou o deslumbrante Park Hyatt Milano (*****), com spa, ginásio e parque de estacionamento privado.

The Street Milano Duomo | a Design Boutique Hotel é uma excelente opção de 4 estrelas, com quartos familiares e camas confortáveis, ainda que continue a não ser propriamente económico. Perto do castelo e do parque Sempione, o Castello Guest House Milano oferece uma boa relação preço-qualidade.

Para quem viaja com orçamento apertado, o hostel Ostello Bello, a uma caminhada de 10 minutos do Duomo, pode ser uma boa opção, com vários dormitórios e boa avaliação no Booking.

risotto alla milanesa
© kenwoodclub.it

Comer em Milão

Poderá querer experimentar alguns pratos típicos da região, durante a sua viagem a Milão. O risotto alla milanese será o mais conhecido (pode prová-lo em todo o norte da Itália), consiste num arroz cremoso preparado com açafrão, manteiga e queijo parmesão. Experimentámos o arroz na Trattoria del Nuovo Macello e ficámos fãs.

Outros pratos muito comuns são a cotoletta alla milanese, ou seja, uma costeleta de vitela panada e o ossobuco, um guisado de vitela com legumes. Se tiver alguma ocasião especial para festejar, recomendo um jantar no histórico Antica Osteria Cavallini.

No quesito doces, há o panetone, originário da região e, ainda que originário da Sicília, é frequente encontrar o lendário o cannoli piemontese, um tubo doce de massa estaladiça que pode apresentar diferentes recheios.

Tem mais dicas para visitar Milão? Acrescente nos comentários, para benefício de todos.