Atualizado em 27 Abril, 2023
Se não tem viagens marcadas e as férias ainda vêm longe, os sonhos continuam livres e a imaginação solta para voar nas páginas de um livro
Os viajantes estão sempre com uma aventura em perspetiva, com uma viagem marcada, em fase de planeamento ou mesmo de namoro. Sabe, quando andamos a cortejar um destino noutros blogs, no instagram… É o meu caso em relação ao Japão e à Namíbia, uma aventura que esperei mais de 40 anos para fazer e que foi abalroada pela pandemia.
Felizmente já não estamos isolados em casa, as escolas reabriram e voltámos a aventurar-nos pelo mundo. No verão passado, fomos explorar a Turquia, por exemplo, e ainda houve tempo para uma curta estadia na Suíça e outra em Paris.
Mas entretanto, voltámos à rotina trabalho/escola e só poderemos viajar novamente na próxima pausa letiva. Enquanto o próximo destino não se materializa, continuamos a sonhar, pela nossa sanidade mental e menos ataques à despensa (quando estou ansiosa I bake).
Os livros permitem-nos sempre viajar sem sairmos de casa, em alguns casos do sofá, por isso sempre foram os meus melhores amigos. Eis alguns dos títulos que nos transportam nas suas páginas, até destinos exóticos e distantes.
Filmes para viajar sem sair de casa
Sonhemos então: através de fotografias antigas ou de uma boa história. Para quem gosta de cinema, há muitos filmes que nos recordam destinos felizes. Do clássico Férias em Roma (no Brasil ficou conhecido como A princesa e o Plebeu), onde a linda Audrey Hepburn nos guia pelas ruas da cidade eterna, à comédia romântica Meia Noite em Paris, para quem deseja reviver a capital francesa.
O Caminho (The Way, 2010) é outra opção cinematográfica, para quem planeia fazer o mítico caminho de Santiago, ou quer simplesmente recordar as paisagens da Galiza. [leia também Caminho português de Santiago | o Caminho Central a solo]. Noutro registo, recomendo vivamente as curtas disponibilizadas pela Nomad. A agência que organiza todos os anos um festival de cinema de aventura, propõe-nos uma viagem através de cinco filmes da edição de 2019.
Na verdade, abundam por aí listas de filmes inspirados em viagens. Portanto, gostaria de recomendar sobretudo livros. A leitura transporta-me de uma forma inigualável: quantas vezes demoro para voltar à realidade, ao terminar uma obra bem escrita. Se, como eu, é um ratinho de bibliotecas, vai gostar de ler este roteiro pelas Bibliotecas mais lindas do mundo.
Livros para viajar sem sair de casa
Por estes dias tenho lido o meu amigo Filipe Morato Gomes, o mais conhecido blogger de viagens em Portugal. As crónicas da sua primeira volta ao mundo foram publicadas no jornal Público e, posteriormente, editadas em livro. Agora, o Filipe disponibiliza-as em PDF a todos os que subscrevam a newsletter do seu blog Alma de Viajante.
Mas tenho muitas outras sugestões, algumas esmiuçadas ali na rubrica Livros para viajar (cliquem nos links para lerem mais). A única preocupação que tive ao fazer esta lista foi escolher histórias positivas, bem-humoradas, porque para tragédias já basta o telejornal.
Cem dias entre céu e mar (Amyr Klink)
Ler as aventuras do primeiro homem a atravessar o Atlântico Sul, a remo, é assombroso. Para além de nos recordar da capacidade de superação dos seres humanos, que bem precisamos nesta fase de isolamento, a obra recorda-nos que poucas coisas são suficientes para vivermos bem. Ele pode dizer, com autoridade:
Um homem precisa viajar (…) Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto.
A Volta ao Mundo em Oitenta Dias (Júlio Verne)
Em 1873, correspondentes dos principais jornais europeus e americanos relatavam as aventuras de Phileas Fogg. Cada etapa era avidamente acompanhada por milhares de leitores, como se o explorador existisse. Fogg alimentou sonhos de várias gerações.
Esta questão da volta ao mundo foi comentada, discutida, dissecada, com tanta veemência e ardor (…) Realizar o giro do mundo, de maneira que não fosse em teoria e no papel, neste mínimo de tempo, com os meios de comunicação de que actualmente se dispõe, não só era impossível – era disparatado! (p. 29)
Inicialmente publicada como folhetim no jornal parisiense Le Temp, a obra é fidedigna, do ponto de vista geográfico e científico. Por exemplo, demonstra a “perda” de um dia no calendário, quando se viaja para Ocidente, fenómeno sentido pela expedição de Fernão de MagaIhães já no século XVI.
As obras do francês não só são cientificamente exactas, como antecipam invenções do século XX – o helicóptero, o submarino ou a televisão. Daí Verne ser tantas vezes apelidado de “pai da ficção científica”. À sua visão tecnológica, junta-se suspense e um bom ritmo narrativo, para prender o leitor.
A Sombra do Vento (Carlos Ruiz Zafón)
O escritor instalado em Los Angeles, mas cujo enredo permanece na capital da Catalunha, tem vários títulos com Barcelona como cenário. Em todos eles, a cidade parece um lugar sinistro, quase sobrenatural. A Sombra do Vento será a mais conhecida e também a mais saborosa.
A história transporta-nos para uma Barcelona da primeira metade do século XX, traumatizada pela Guerra Civil Espanhola, pela cólera e a II Guerra Mundial. Mas com personagens deliciosas, que destilam uma oratória “capaz de aniquilar moscas em voo”.
Ainda me lembro daquele amanhecer em que o meu pai me levou pela primeira vez a visitar o Cemitério dos Livros Esquecidos. Desfiavam-se os primeiros dias do Verão de 1945 e caminhávamos pelas ruas de uma Barcelona apanhada sob céus de cinza e um sol de vapor que se derramava sobre a Rambla de Santa Mónica numa grinalda de cobre líquido. (p. 11)
A Sul. O Sombreiro (Pepetela)
Este empolgante romance remete-nos para os primórdios do colonialismo. A narrativa conduz-nos a Angola dos séculos XVI e XVII, quando Portugal vivia sob o domínio filipino e Luanda não passava de uma “vilazinha perdida numa baía”, com um “muro mal rebocado a imitar um fortim”, no alto do morro de S. Paulo (actual fortaleza de S. Miguel).
Aliás, Angola e a sua capital são tão omnipresentes na obra deste autor que inspiraram o meu post Luanda pela mão de Pepetela.
Manuel Cerveira Pereira, o conquistador de Benguela, é um filho de puta. O maior filho de puta que pisou esta miserável terra. Pisou no sentido figurado e no próprio, pisou, esmagou, dilacerou, conspurcou, rasgou, retalhou. O filho de puta admito ser apenas no figurado, pois da mãe dele pouco sei, até dizem ter sido prendada senhora e de bem. Embora quem tal crocodilo deixou crescer no seu ventre pomba não deveria ser, afirmam os entendidos (p. 7)
Assim começa a obra que descreve lutas de poder e conspirações, envolvendo homens ambiciosos, de governadores a membros de ordens religiosas. Entre as personagens encontramos um inglês um pouco doido e os terríveis jagas, guerreiros que povoam os piores pesadelos dos brancos.
Mas são as aventuras de um mulato (Carlos Rocha) e do seu escravo sensível aos espíritos que nos conquistam a simpatia. De fugitivo, Carlos passa a explorador, atravessando o Kwanza para as irredutíveis terras da Kissama, seguindo sempre para Sul. Possivelmente por culpa dos genes europeus, já que o seu bisavô foi um dos capitães de Diogo Cão.
Encontros Marcados (Gonçalo Cadilhe)
O viajante profissional produziu várias obras interessantes, entre as quais destaco Nos Passos de Magalhães e África Acima. Resultaram de aventuras dignas de registo, por exemplo, uma caminhada solitária de 27 mil km no continente africano. Gosto particularmente de um dos seus títullos, porque é muito pessoal: Encontros Marcados.
Considero-me o resultado de encontros marcados. Marcados pelo destino. Sou aquilo que sou graças a quatro décadas de contactos e confrontos com pessoas, lugares, momentos e manifestações da arte e do engenho humano. Não ser eu qualquer outra coisa é, também isso, o resultado de desencontros marcados, de oportunidades falhadas, da estrada errada, do tiro ao lado (…) (p. 24)
Ali encontramos o australiano que chegou à Figueira da Foz na sua infância: “O ser humano não nasce programado no receio do Outro” – escreve, justificando porque meteu conversa com o surfista estrangeiro, apesar das advertências do pai.
Encontramos um saxofonista num hostal em Quito, uma edição gasta de As Cidades Invisíveis, um Nobel da Literatura junto dos guerreiros de terracota de Xi’an… e tantas outras “piscadelas do destino”, sinais e momentos que mudam o sentido da vida e, por isso, fizeram de Gonçalo Cadilhe o viajante incansável que conhecemos.
Tudo é possível. De vespa na Índia (Jorge Vassallo)
O Jorge Vassallo é um blogger e líder de viagens português, com “uma paixão declarada pela Ásia em geral, e pela Índia em particular”. Esta obra, a primeira de uma trilogia, resulta de uma viagem àquele país, num Verão particularmente quente. Ao longo de quase cinco mil quilómetros, em cima de uma pequena vespa azul (que também é uma mota a sério, como não se cansou de argumentar), viveu aventuras inusitadas.
(…) voltámos a sentir o abraço mágico e bruto da Índia, e foi como despertar de um sonho para uma realidade que também tinha algo de irreal: motas carregadas, até ao impossível, de tudo e mais alguma coisa; carros que abrandavam para dizer hello! e tirar fotografias; vacas a fazer sagradas sestas no meio da estrada (…) bancas e lojas por todo o lado, a vender tudo-e-mais-alguma-coisa; gente, gente, gente; e o cheiro da comida acabada de fazer, a esgotos e a mijo, a lixeiras e a borracha queimada, a incenso – a Vida (pp.111-112)
Foi detido sob suspeitas de espionagem industrial; rapou o cabelo em Tirumala, no maior templo hindu do mundo; entrou na casa de uma hijra (o terceiro sexo) chamada Pinky; teve desarranjos intestinais descomunais. Foi abençoado pelo paquiderme-mascote de um templo de Kumbakonam, logo depois do banho sagrado da manhã do simpático elefante.
São 461 páginas que se lêem num sopro, graças a um tamanho de letra bastante agradável, e que nos obrigam a concordar com o autor: na Índia, tudo é possível. Frase que ele tatuou no braço – Sab kuch milega – enquanto bebericava uma Thums Up, a coca-cola indiana, num subúrbio chique de Bombaim.
:::::
Se me ponho a vasculhar a memória, esta lista torna-se demasiado longa. Por isso, vou ficar por aqui, pedindo as vossas sugestões de leituras: que livros sugerem para viajar sem sair de casa? E para além de ler, o que têm feito nestes dias de pandemia?
Este post faz parte do projecto colectivo 8on8, que une lindas viajantes em volta de um tema comum, no dia 8 de cada mês. Espreitem os restantes textos sob o tema “Livros, filmes e séries”, inspirem-se e partilhem:
Chicas Lokas na Estrada 15 filmes de animação em cenários incríveis no mundo real – Travel Tips Brasil Festival de música e viagem – shows pelo mundo – Destinos por onde andei… Filmes para viajar no sofá – Viajante Econômica A Ponte dos Espiões: cenário de filmes e de negociações na Guerra Fria – Mulher Casada Viaja Viajar sem sair de casa: filmes gravados na Toscana
27 Comentários
Oi Ruthia… essa pandemia nos colocou de castigo e em contato com nós mesmos né?! Sem saber quando tudo isso vai acabar, como vai acabar, nos sobra o tempo presente para vivermos. Pois viajar através das mais diversas leituras para mim é uma opção cheia de prazer.
A Volta ao Mundo em 80 dias, eu li ainda jovem e como eu fiquei encantada! Em adulta, mesmo em dias recentes, volta e meia penso nele, avaliando reler. Um dia o farei para descobrir se hoje me tocará do mesmo modo. Por causa da Sombra do Vento que me mostrou esta Barcelona sobrenatural que desejei do fundo do meu coração conhecer a capital da Cataluña. Encontrei uma cidade ensolarada e alegre. Confesso: decepção. rsrsr Preciso voltar, despida das histórias de Zafón. 🙂
Para as outras sugestões, já tomei nota: tenho uma lista de viagens, leituras e filmes que, ainda bem, cresce constantemente. 🙂 bjokas
Olha, eu também queria ver essa Barcelona mais misteriosa que Zafón descreve, mas também ainda não consegui enxergar. De qualquer forma, as histórias de Zafón são de outros tempos, o que já de si empresta uma aura diferente aos cenários.
P.S. a minha lista também é grande e aumenta constantemente. É como a lista de destinos que quero visitar, haha
Ótimas tuas sugestões e que bom te ver em meio à pandemia! Se cuidem, fiquem bem! bjs, chica
[…] O Berço do Mundo – Livros para viajar sem sair de casa […]
[…] Berço do Mundo – Livros para viajar sem sair de casa […]
Oi Ruthia,
gostei muito das suas dicas de livros para essa quarentena! Sabe que tenho muita vontade de ler os livros do Amyr Klink, meu marido ama, sempre falou bem, mas ainda não li nenhum. Quem sabe não é uma boa oportunidade. Engraçado você citar Julio Verne, meu filho está lendo agora esse livro e está curtindo bastante.
Estou tentando ver o lado bom de tudo isso, e pra mim foi conseguir me organizar melhor para começar algumas coisas que estavam de lado por causa da correria do dia-a-dia.
Beijos e fiquem bem!
Mari
Por coincidência (ou talvez não), foi uma amiga brasileira que me ofereceu esse livro do Amyr Klink. É pequeno, lê-se num instante. Júlio Verne é fantástico na adolescência, depois conte o que ele achou.
Fiquem bem também, beijinho
Adorei as dicas de livros para viajar sem sair do sofá, Ruthia. Por enquanto desses só li (e adorei) o Cem dias entre céu e mar. Já vou comprar para o kindle outros da sua lista para ler!
O Amyr Klink não é um autor muito conhecido em Portugal, mas achei uma delícia o seu spírito aventureiro.
Que belas sugestões! Para juntar à grande lista de livros que queremos ler 🙂 Por acaso pensávamos que estas semanas de quarentena nos iam deixar mais tempo para ler, mas nem por isso. Continua a haver tantas coisas que podemos fazer e que infelizmente nos afastam demasiadas vezes do livro que temos na mesinha-de-cabeceira… Mas ando a reservar mais tempo para ler, só nos faz bem viajar pelas páginas de um bom livro. Adoro a vossa fotografia! Continuem a sonhar, que não tarda voltamos a tornar os sonhos realidade 😉 Um grande beijinho
Hoje temos uma vida tão tecnológica, que o livro perde espaço (contra mim falo, longe vão os tempos em que devorava um livro por semana). E é pena.
Não tínhamos foto para abrir o post, fizemos um ensaio fotográfico aqui na sala. Foi divertido!
Nossa, já anotei vários aqui para a minha listinha de livros para viajantes, amei! Vou começar o “A sombra do vento” em breve, amei o roteiro e idéia do filme. Parabéns pelo post super informativo!
Que pena que teve que cancelar sua viagem tão sonhada!!!! Mas pra quem já esperou tanto, pense que são mais alguns meses e vc vai realizar “em breve’… Já conhecia alguns sugestões de filmes e livros deste post, mas a maioria não! Obrigada pelas dicas, estou lendo muito nesses dias e vendo alguns filmes tb, mas em geral mais séries do que filmes.
Ruthia, afora os dois primeiros titulos, não conheço os demais, mas fiquei curiosa, principalmente sobre Angola, que sei tão pouco.
Do mesmo Amyr, sugiro o ‘Paratii, entre Dois Pólos’, que li no verão passado, apesar de ser de 1992. Um relato detalhado que me fez virar fã do Amyr, por sua determinação, habilidades variadas, e coragem, claro. Uma aventura de 12 meses, dos quais 6 foram cravados no gelo, na companhia de leões marinhos e pinguins. Algumas partes são bem técnicas, então sinta-se à vontade para pular, não é crime ou pecado, você sabe ehehe
Não dá pra ser Pollyana, tem muita gente sofrendo e morrendo, mas espero que em meio a estas semanas, senão meses, um convite ao aprendizado, a gente consiga ver que é possível viver num ritmo menos acelerado, em que sobra tempo para coisas mais importantes e que realmente podem nos acrescentar algo. Viajar pelos livros com certeza é uma aventura que muita gente abandonou ou sequer teve o prazer de viver. Há sempre uma segunda chance!
Este isolamento é um convite à aprendizagem, mas acho que poucos são os que o encaram dessa forma, querida Márcia. Por aqui temos aprendido sim e, mais importante que isso, temos reiventado os nossos dias com amor, para que este período não seja um drama para o meu filho.
P.S. vou pesquisar os outros títulos do Amyr.
[…] O Berço do Mundo – Livros para viajar sem sair de casa […]
Devo confessar que não li nenhuma das obras que você citou, mas fiquei curiosa para ler todas. Atualmente estou lendo “O Senhor das moscas” e tenho aprendido muito com este livro. Amo ler e vou tentar ler todos da sua lista! Beijos!
O Senhor das Moscas é um clássico que toda a gente devia ler, uma vez na vida. Infelizmente a vida envia-nos tantas solicitações, que estamos a perder o prazer da leitura. Antes deste período estranho, reservava uma noite por semana para estarmos offline, a ver fotos, conversar ou ler, e era a noite mais agradável da semana. Agora fazemos essas pausas para leitura ao longo do dia. É óptimo
oi, Ruthia, eu adoro os livros do Amyr Klink. Li os três primeiros dele e fiquei apaixonada pelo modo como ele escreve e vê a vida. Já tive a oportunidade de entrevistá-lo há 24 anos. Na época, ele dava palestras sobre suas viagens e sobre a forma como planejava tudo. Por causa dele fui conhecer Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro. Ele tem casa lá e partiu da baía de Paraty para algumas de suas expedições. Um dia voltaremos a viajar. Por enquanto, viajamos do sofá. Adorei todas as dicas. beijos
Como foi entrevistá-lo. Deve ser uma pessoa muito interessante. Na obra que eu cito, ele faz várias referências a Paraty e como nasceu lá a sua paixão pela água. E é por causa dele que sou tão curiosa em relação a essa região brasileira. Um dia vou conhecer
Você vai amar Paraty. É uma graça de cidade. E o mar é da cor esmeralda. Belíssimo. Sobre a entrevista, eu era jovem e fiquei um pouco emocionada de estar ali tão perto dele. Mas foi uma entrevista normal, onde ele falou sobre planejamento para empresas. Esse era o foco da reportagem. Ele é muito educado e bem simples. Beijos
Que dicas mais preciosas de leituras, Ruthtia. Quanto capricho seu em escolher histórias contadas com leveza e encantamento, daquelas difíceis de esquecer, como você mesma disse, sobre histórias bem escritas.
Para mim, livros são apreciados já pelas capas, como os vinhos e os filmes. Amo escolher cada um desta forma, além das indicações, claro, e descobrir em suas páginas histórias que realmente nos fazem viajar pelos personagens, destinos, culturas, lendas…
Tanto a descobrir nos livros, com certeza uma dica importantíssima para os dias atuais. Que façamos bom uso deles. Grande beijo e ótimas leituras para nós!
É disso que precisamos por estes dias: encantamento e leveza. Porque as notícias que nos invadem os lares diariamente já são bem pesadas
Oi Ruthia, ler sempre foi minha paixão, mas confesso que estava um pouco de lado nos últimos tempos. Retomei agora enquanto estamos em isolamento e com mais tempo para nós mesmos. Felizes de nós que podemos viajar através dos livros. Vou anotar suas indicações, pois com exceção dos dois primeiros, não conheço nenhum, mas certamente é o tipo de leitura que me atrai.
Adorei suas fotos. Bjs
Eu também estou a redescobrir o prazer da leitura. O blog e respectivas redes sociais consomem tempo precioso, infelizmente
[…] com literatura de viagem para esta altura de confinamento: a Ruthia Portelinha (Berço do Mundo) publicou a sua seleção de leituras para sonhar com destinos distantes e o Filipe Morato Gomes (Alma de Viajante) ofereceu […]
[…] O Berço do Mundo – Livros para viajar sem sair de casa […]