Atualizado em 27 Fevereiro, 2023

Lá a Norte, terra de vikings e fiordes, há um reino para descobrir em família. Visitar a Dinamarca com crianças é perceber de que é feito o hygge, a arte de desfrutar dos momentos simples da vida

Dinamarca. Visitar o mais pequeno país da Escandinávia é apaixonar-se pela sua tranquilidade, pelos fiordes e longas praias de areia branca, castelos de contos de fada e cidades com fachadas coloridas.

É uma viagem ao primeiro mundo, um mundo organizado, onde os transportes públicos funcionam com extrema eficácia, mas os habitantes se deslocam, sobretudo, de bicicleta. Um mundo que busca a neutralidade carbónica. E que dizer dos dinamarqueses, que se abrem num grande sorriso sempre que lhe pedimos uma informação?

Se pretende visitar a Dinamarca com crianças, vai gostar de assistir às brincadeiras em família em qualquer parque citadino, os pés descalços em locais públicos, o convívio improvisado em cada esquina.

As lindas fachadas coloridas de Nyhavn, em Copenhaga.

Este é um país kid friendly, com a maioria das atrações gratuitas até aos 18 anos e atividades específicas para os mais novos, na maioria dos castelos e museus. Sim, os preços dos hotéis e dos restaurantes são pouco simpáticos para um habitante do sul da Europa, mas o mesmo acontece em muitas outras capitais mundiais.

Na preparação da viagem à Dinamarca, comece por conhecer um pouco da história da terra dos vikings e ler algumas histórias do Hans Christian Andersen (se ainda não o fez) aos miúdos. Os mais velhinhos serão capazes já de apreciar o “Cavaleiro da Dinamarca”. Este clássico da literatura juvenil portuguesa, da grande Sophia de Mello Breyner Andresen, será particularmente interessante se visitar o país na época natalícia.

Para além de detalhes práticos no final, ao  longo do artigo, encontra links para os sites oficiais. Consulte-os para obter informação atualizada sobre preços e horários dos principais museus e monumentos. Porque é hora de explorar a terra do autor do soldadinho de chumbo, dos smørrebrød e do Lego.

Dinamarca em família (fora da capital)

Se chegar à Dinamarca por via aérea, é provável que comece o roteiro em Copenhaga. Mas há muito para explorar fora da capital. Estes são alguns programas interessantes pelo país escandinavo, segundo o meu pequeno explorador.

Legoland, o mundo Lego em Billund

O famoso Lego foi inventado na Dinamarca nos anos 1930, por um carpinteiro. As peças, inicialmente em madeira, passaram a ser produzidas em plástico na fábrica em Billund. E foi precisamente nessa cidade, a cerca de 250 km de Copenhaga, que nasceu o primeiro parque da Lego, ou Legoland.

A área mais encantadora deste enorme parque de diversões, todo decorado em Lego, é a Miniland, com miniaturas de monumentos como a estátua da Liberdade ou a acrópole de Atenas. A Legoland foi o programa preferido do Pedro, nas duas semanas que estivemos na Dinamarca, pelo que mereceu um artigo detalhado: Guia útil para visitar a Legoland na Dinamarca. Se pretende visitar a Dinamarca com crianças, inclua alguma coisa relacionada com a Lego.

Outra atração simpática na cidade de Billund, no Verão, é o Lalandia Aquadome, o maior parque aquático da Escandinávia com diversões aquáticas para todas as idades, aulas de surf, minigolfe, parque de skates, paredes de escalada e outras atividades desportivas.

Cidade velha, em Aarhus

Aarhus é considerada um dos big four da Dinamarca, juntamente com Copenhaga, Aalborg e Odense. Um dos programas mais simpáticos para se fazer em família na cidade é visitar o Den Gamle By – The Old Town Museum, ou, em bom português, a cidade velha.

Este museu vivo permite embarcar numa fascinante jornada histórica, desde o final do século XIX até aos anos 1970. A parte mais antiga é representativa de uma pequena cidade mercantil dinamarquesa: tem casas, jardins, lojas e oficinas. Os edifícios vieram de toda a Dinamarca e foram reerguidos no terreno do museu. Atores vestidos à época tornam a experiência ainda mais interessante.

Se ficar uns dias na cidade, os miúdos vão gostar do Tivoli Friheden, que segue a mesma filosofia do Tivoli Gardens de Copenhaga. Trata-se de um parque de diversões, temático, com decoração e inspiração floral. Tem quatro montanhas-russas, uma torre de queda livre com 65 metros e mais de 40 carrosséis e diversões.

Leia também: Aarhus, a cidade dos sorrisos

Num dia de calor, a funcionária da Cidade Velha comentou “it’s hard to look decent”.

Museu e cemitério viking, em Aalborg

Já imaginaram um cemitério com cerca de 700 túmulos viking, usado até o século I d.C.? O cemitério de Lindholm Høje é um dos monumentos históricos mais significativos da Dinamarca e fica perto de Aalborg, no norte da península da Jutlândia.

Os arqueólogos encontraram ali vários cemitérios e assentamentos da Idade do Ferro e da Idade Viking, duas eras muito importantes na história dinamarquesa. Ao lado, criaram um museu, que conta com duas grandes exposições; uma sobre a vida local dos vikings, com joias encontradas nos túmulos e informações sobre os rituais fúnebres, e outra sobre a antiguidade na região.

O museu é voltado para os visitantes nacionais, com pouca informação disponibilizada em inglês, infelizmente. Mas a loja é fantástica para comprar souvenirs: cópias de joias viking, produtos de lã, livros e hidromel. E o cemitério é fabuloso.

Leia também: O legado viking em Aalborg

Crianças brincam no cemitério viking de Aalborg.

Odense, nos passos de Hans Christian Andersen

Hans Christian Andersen, autor de obras como A Pequena Sereia, Patinho Feio e Soldadinho de Chumbo, é um dos dinamarqueses mais ilustres de sempre. Em Odense, a sua cidade natal, foi criado um museu em sua honra, junto à casa onde passou a maior parte da infância (alvo de restauro, aquando da nossa visita, pelo que não visitámos).

Desenhado pelo famoso arquiteto japonês Kengo Kuma, cujo estúdio projetou o novo Estádio Olímpico de Tóquio, no Hans Christian Andersen House pode conhecer um pouco mais sobre a vida do inusitado autor, filho de um sapateiro e de uma lavadeira. O bilhete dá acesso também à humilde casa onde ele nasceu, na Jensens Stræde nº 45.

O autor e as suas personagens inspiram um espectáculo musical regular no Fairy Tales Garden (Eventyrhaven), que vale muito a pena assistir, apesar de ser em dinamarquês. Com espectáculos diários às 11h00 e 13h00, para nós foi o ponto alto da visita da Odense.

Outros programas infantis fora da capital, que poderá querer incluir no seu roteiro são o Odin’s Odense, uma vila da idade do ferro e da época vikings (5 km de Odense), o Museu de Barcos Viking em Roskilde, o Centro Viking de Ribe ou ir até à região de Rømø, para ver as focas no seu habitat natural. O país tem vários Jardins Zoológicos, locais que não visitamos por convicção. Aliás, não estava à espera que houvesse tantos num país de primeiro mundo.

Leia também: Odense (Dinamarca), a cidade dos contos de fada

Personagens de Hans Christian Andersen, no Fairy Tales Garden.

Copenhaga com crianças

A capital da Dinamarca tem várias atrações que as crianças vão adorar, algumas bastante consensuais e outras não tão óbvias. E começamos este roteiro em Copenhaga com um clássico.

Tivoli Gardens

Criado em 1843, o Tivoli Gardens de Copenhaga é um dos mais antigos parques de diversões do mundo. Aberto no Verão e em ocasiões especiais como o Halloween e Natal, é um programa maravilhoso para famílias. Hans Christian Andersen e Walt Disney visitaram-no várias vezes e apaixonaram-se pelo jardim.

Os brinquedos vintage misturam-se no cenário exótico, edifícios históricos e jardins. Há barraquinhas de guloseimas, jogos tradicionais e fast food, carrosséis e um lago, onde assistimos a um lindo espéctulo aquático às onze da noite. Aliás, o ambiente é particularmente bonito à noite, a iluminação empresta-lhe uma atmosfera de contos de fada.

Uma das atrações mais populares do Tivoli é a montanha russa de madeira, de 1914, uma das sete que ainda existem no mundo com condutor (leia-se guarda-freio). Mas, pelo que percebi, há pessoas que simplesmente vão jantar e passear um pouco.

Pormenor do lago, no Tivoli Gardens de Copenhaga.

Tristan Otto, o rei dos dinossauros

Um Museu de História Natural é sempre um bom programa para os miúdos e o de Copenhaga não é exceção. Para além do acervo habitual, relacionado com geologia, por altura da nossa visita tinha uma exposição com 99 imagens do Wildlife Photographer of the Year, cada uma mais assombrosa que a outra.

Mas o que maravilhou o Pedro foi a exposição “Rei dos Dinossauros”, onde as crianças são convidadas a enfrentarem um dos mais infames predadores de todos os tempos: o T-Rex. O protagonista é um Tiranossauro Rex com 66 milhões de anos, quatro metros de altura e 12 m de comprimento chamado Tristan Otto, descoberto nos Estados Unidos.

Trata-se de um dos fósseis de T-rex  mais completos do mundo, com 92% dos ossos originais, incluindo a maioria dos seus temíveis dentes. Para além deste magnífico exemplar, a exposição conta com um raro crânio de um T-rex juvenil (de 7 anos), o Casper, de um Tricerátops e de outros animais do passado (alosauro, nanosauro e deinonychus) e do presente.

O temível Tristan Otto recebeu o nome dos dois filhos dos seus donos.

 

Explorar os canais de barco

Este passeio clássico pelos canais de Copenhaga parte de Nyhavn, a região colorida do porto. Com guia em inglês e dinamarquês, passa por alguns dos principais pontos turísticos da capital: a pequena sereia, a antiga bolsa de valores, a ópera, o Diamante Negro (nova biblioteca) e a animada região de Christianshavn, onde dinamarqueses e turistas aproveitam o Verão ao longo dos canais.

Nós fizemos este Copenhagen Grand Tour de 1 hora, um dos programas gratuitos incluídos no cartão turístico da cidade, mas existem outros. Também é possível alugar um barco pequeno para um convívio de amigos. Gostei do pormenor deste barco ter um sistema subaquático que limpa os canais, resultado de uma parceria com a WWF – World Wide Fund for Nature.

Guiness World Records

O pequeno museu dedicado aos recordes do Guiness faz parte de um conjunto de quatro atracções, orientadas para o público juvenil, distribuídas por duas localizações. Em Østergard encontra o Guiness World Records e o Experimentum (uma espécie de casa assombrada misturada com ciência) enquanto na praça do Município encontra o Ripley’s Believe it or Not! (dedicado a coisas estranhas e bizarrias) e a experiência Hans Christian Andersen.

Não achei grande piada a nenhum dos quatro espaços, mas o Pedro gostou do museu dedicado aos recordes do Guiness – julgo que a área de jogos interativos teve algo a ver com isso. Acabámos por passar por todos, porque não demoram muito tempo e são grátis para os portadores do Copenhagen Card.

O homem mais pesado de sempre, segundo o livro do Guiness.

Castelos de Copenhaga

Não faltam castelos e palácios na Dinamarca. Na capital há um trio, mais ou menos obrigatório, constituído por: Castelo de Rosenborg, Museu de Amalienborg (parte do palácio do rei Christian VIII) e o complexo do Christianborg, que integra os aposentos oficiais da rainha, onde recebe visitas de Estado, o parlamento dinamarquês, o gabinete do Primeiro-ministro, as ruínas, as cozinhas e estábulos reais.

O de Rosenborg tem as joias da coroa e é rodeado por um jardim encantador. Em Amalienborg,  a “casa da rainha”, pode assistir-se diariamente à troca de guarda. Em Christianborg, é possível subir à torre, para uma vista incrível sobre a cidade. Entre tantas opções no complexo, as cozinhas foram a visita mais divertida, pois recriam o contexto do jantar de gala que assinalou o Jubileu de Prata do rei em 15 de Maio de 1937 – foi o maior banquete real realizado em 90 anos, com 275 convidados.

Por falta de tempo, ficaram por conhecer os castelos Frederikborg, em Hillerød (a cerca de 40 km da capital), e Krongborg, mais conhecido como o castelo de Hamlet, que fica em Helsingør (a cerca de 52 km), apesar de terem igualmente entrada gratuita para os portadores do Copenhagen card.

É permitido fotografar as joias da coroa, em Rosenborg. E esta?

O mundo dos vikings

O Museu Nacional da Dinamarca não é voltado para o público infantil, mas tem uma ala especial só para as crianças, onde podem  interagir com a história através de objetos e roupas.  Com várias salas temáticas, em cada ambiente é possível experimentar roupas e brincar. Contudo, o Museu Infantil  estava encerrado aquando da nossa visita, por causa da pandemia.

Mas o grande museu também é interessante, para crianças um pouco mais velhas, pois permite conhecer um pouco mais da história escandinava e do país. Procure o folheto com os 10 maiores tesouros do museu: inclui um esqueleto de auroque, uma peça em ouro de 1,5 kg do século I, o segundo livro mais antigo da Dinamarca ou o fato do primeiro dinamarquês que foi ao espaço.

A grande atração é a recém-estreada exposição dedicada aos vikings “The Raid”, com história, artefactos, painéis interativos e até o esqueleto de um barco gigante, o Roskilde 6, descoberto na Dinamarca. Foi muito difícil arrastar o Pedro dali para fora – tenho um futuro amante de museus! Missão cumprida!

Loja Lego

Numa das ruas mais movimentadas da capital, no conjunto de ruas comerciais conhecido como Strøget, vai passar por uma Loja da Lego. Não é muito grande, mas está bem recheada. Um grande dragão feito com as famosas pecinhas coloridas dá as boas vindas aos visitantes. Ao fundo, existe um cantinho para os miúdos brincarem.

Depois, há secções para todos os gostos, da Ninjago ao cantinho Star Wars, que provocou um wow tão sonoro no meu filho, que um simpático funcionário meteu conversa com ele, enquanto encaixava umas peças perdidas num C-3PO em tamanho real, perante o olhar impávido do seu companheiro R2-D2.

Parques de Copenhaga

A cidade de Copenhaga possui alguns espaços verdes agradáveis, para fazer um piquenique em família ou deixar as crianças correr. Os mais bonitos são o jardim do rei, junto ao Castelo de Rosenborg, e a envolvência do Jardim Botânico e Museu de História Natural. Não conhecemos o Orestedparken, mas li que também é fantástico para um piquenique e conta com um excelente parque infantil, com triciclos e bicicletas à disposição das crianças.

Nas deambulações pela cidade vai “tropeçar” em alguns parques infantis, para uma paragem estratégica de descanso e brincadeira. É o caso dos trampolins na rua Havnegade, junto ao canal que conduz a Nyhavn; do parque junto à antiga igreja (agora museu) Nikolaj Kunsthal ou do Kongens Rave, ao lado do castelo Rosenborg, com alguns brinquedos em madeira e muita areia.

Para mais informações sobre a capital, leia Copenhaga: guia de viagem à capital da Dinamarca

Recanto junto ao Jardim Botânico.

Dicas úteis para visitar a Dinamarca com crianças

Quando ir

A melhor época para viajar para a Dinamarca com crianças é entre maio e setembro, o clima é mais agradável e há mais horas de luz. Em julho, o mês mais quente, as temperaturas podem chegar aos 30° C, o que exige chapéus, protetor solar e muita água.

Nem todos gostarão de visitar o país no Inverno, por causa do frio e dias muito curtos, embora os mercados de Natal em cidades como Copenhaga ou Aarhus sejam bonitos. A temperatura média em janeiro varia entre -2° e 4° C.

Algumas regiões são muito ventosas, mesmo no Verão, pelo que recomendo levar qualquer coisa que proteja os ouvidos das crianças. Ventava tanto quando visitámos a cidade de Aalborg (a Norte), a meio de julho, que pensei que o miúdo ia voar, ao atravessarmos a ponte rs.

Como chegar e deslocar-se

O país tem quatro aeroportos – Copenhaga, Billund, Aarhus e Aalborg – embora o da capital seja a porta de entrada mais comum. A capital tem ligação ferroviária direta a algumas cidades europeias, nomeadamente da vizinha Suécia, Alemanha e Noruega. Para pesquisar preços e horários, consulte o site da DSB.

O comboio é o transporte mais cómodo e rápido para ir do aeroporto de Copenhaga ao centro da capital (a estação de comboios central chama-se Hovedbanegård). Demora menos de 15 minutos e custou 54 DKK em Julho de 2021, cerca de 7,25€. Também é possível apanhar o autocarro 5A (35 minutos de percurso), táxi ou metro, mas quase de certeza terá que mudar de linha. Saiba que a Uber não funciona no país e que os táxis são extremamente caros.

Para se deslocar entre ilhas ou ir até à península da Jutlândia, o comboio é muito confortável, mas deve reservar com bastante antecedência, caso contrário os bilhetes podem ficar caros: paguei o equivalente a mais de 100€, para ir de Copenhaga a Aarhus (1 adulto e 1 criança).

A Flixbus é uma boa alternativa: o percurso inverso custou 27,85€, com os bilhetes adquiridos com três dias antes da viagem. Também usámos a Flixbus para ir a Odense (47,70€ ida e volta para 1 adulto e 1 criança). A desvantagem, neste caso, é que a paragem fica longe do centro da cidade.

As cidades dinamarquesas são facilmente visitáveis a pé, ou de bicicleta, o transporte nacional. A maioria dos habitantes citadinos vai para o trabalho de bicicleta e transporta as suas crianças em cargo bikes, mesmo sob o frio nórdico, chuva e até nevões. Mais que não seja, porque a cidade limpa primeiro os passeios e as ciclovias, e só depois tira a neve das estradas.

Em Copenhaga, o sistema de metro é muito útil para alcançar atrações mais longínquas. Se planeia usar vários transportes públicos e ficar no país algum tempo, recomendo comprar um cartão Rejsekort: para além de ser prático, os bilhetes ficam mais baratos (pelo menos 10 DKK/1,30€ por adulto, em cada trajeto curto). No entanto, só compensa em estadias mais longas, já que o cartão custa 80 DKK/10€.

Comer na Dinamarca

Os preços dos restaurantes são puxados, pelo que recomendo encontrar um alojamento onde possa cozinhar. Em Copenhaga, por exemplo, ficámos no Urban House by Meininger, um hostel económico, muito procurado por famílias a 2 minutos da estação de comboios, com cozinha.

Para fazer compras, os supermercados mais baratos são o Netto e a Fakta. O Irma é bastante mais caro.

Durante o dia, há muitas opções de street food de várias nacionalidades, da minha preferida China in a Box a comida vietnamita, das roulottes de hambúrgueres (os hambúrgueres dinamarqueses levam picles, alho e cebola fritos) às smørrebrød, as típicas sanduíches abertas, normalmente em pão de centeio. A rede de lojas 7/11 costuma ter sanduíches boas e económicas e uns muffins maravilhosos, que são uma boa opção durante a viagem à Dinamarca com crianças.

Em Copenhaga, recomendo uma visita ao moderno mercado Torvehallerne (rua Frederiksborggade nº 21, perto da estação de metro Norreport), onde se vende produtos frescos e petiscos: carne e peixe fresco, fruta, flores, vinho, enlatados e chocolate gourmet e até comida a peso. Lá encontra fast food, tacos, comida chinesa ou italiana, entre outras opções.

Petiscos no mercado Torvehallerne.


Viajar em tempos de covid-19

Por altura da nossa visita, a Dinamarca classificava os restantes países por cores, às quais correspondiam restrições diferentes de entrada. Por exemplo, Portugal era “amarelo” – isto pressupôs fazer teste à chegada a todos os maiores de 16 anos. Quem tiver certificado de vacinação ou de recuperação da doença não está sujeito a esta obrigação. Havia pessoal de saúde a orientar os recém-chegados para as tendas, à porta do aeroporto

Um teste negativo também devia ser apresentado em todos os restaurantes, museus e atrações, exceto para menores de 16 anos. Para estes casos específicos, um teste PCR tem a validade de 96 horas e um antigénio de 72 horas. A boa notícia é que os testes são gratuitos, na Dinamarca. Os cidadãos nacionais só têm que apresentar o cartão do cidadão.

Quanto aos estrangeiros, devem registar-se previamente no site Covidresult.dk. Nos locais de testagem, devem abrir o seu perfil, para permitir a leitura de um código de barras que contém a sua informação pessoal. A lista de locais de testagem pode ser consultada aqui. Durante a nossa estadia na capital, fiz teste antigénio na DGI-Byen (Tietgensgade, nº 67): fica muito perto da estação central de comboios, está aberto durante 24 horas e não exige marcação.

#atualização: no início de 2023, o país já não coloca restrições a viajantes relacionadas com a covid-19.

Já alguma vez visitou a Dinamarca em família? O que mais gostou por lá?