Atualizado em 27 Fevereiro, 2023

O Gerês é um tesouro natural, que nos oferece cenários dignos e um filme e experiências mágicas. Vamos explorar o único Parque Nacional do país?

Gerês. Arredondamos, de forma carinhosa, a denominação oficial de uma das maravilhas da Natureza em Portugal: o Parque Nacional da Peneda-Gerês. Um dos últimos redutos do país com ecossistemas no seu estado natural, com reduzida ou nula influência humana, merece uma longa visita.

Visitar o Gerês é mergulhar em águas cristalinas e geladas, caminhar por trilhos de beleza emocionante, ver (ou pressentir) espécies ameaçadas, respirar ar puro, descobrir um pouco mais sobre os nossos antepassados.

A primeira área protegida criada em Portugal (década de 70 do século XX) e única com estatuto de Parque Nacional é gigante. São mais de 70 mil hectares, território que atravessa três distritos, num total de 22 freguesias que pertencem a cinco concelhos: Arcos de Valdevez, Melgaço, Montalegre, Ponte da Barca e Terras de Bouro.

Anfiteatro esculpido por geologias, ventos e águas, o Parque estende-se do planalto de Castro Laboreiro ao da Mourela, abrangendo as serras da Peneda, do Soajo, Amarela e do Gerês. Não é em dois ou três dias que se descobrem os seus segredos, mas temos que começar por algum lado.

Nas regiões mais altas, ainda se veem os efeitos da última glaciação. Mas há muitas mais riquezas para descobrir: cerca de 240 espécies de vertebrados e 1100 de flora, que explicam a classificação da UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera, e 500 sítios de interesse histórico e arqueológico.

Consultem o site oficial, gerido pelo Instituto de Conservação da Natureza, para informação mais detalhada sobre esta área protegida, que se junta ao parque natural espanhol para formar o Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés e a Reserva da Biosfera com o mesmo nome.

Entre as mil possibilidades que o Gerês encerra, há algumas experiências ali que são verdadeiramente mágicas.

Water Park no rio Caldo, Gerês

Cascatas do Gerês

Impossível ir ao Gerês e não mergulhar, ou pelo menos fotografar, uma cascata. Parece que nunca se está muito longe de uma: algumas até são acessíveis de carro. É o caso da cascata da Portela do Homem, mesmo ao lado da estrada que dá acesso à fronteira, ou a cascata do Arado, perto da Pedra Bela.

As mais assombrosas exigem, contudo, uma caminhada que pode ser exigente: cascata Cela Cavalos, cascata do Poço Azul, cascata de Pincães, entre outras. Depois do esforço, um mergulho nas águas frias (não se iludam com a cor) é uma excelente recompensa.

As cascatas de Fecha de Barjas, mais conhecidas pelo nome de cascatas do Tahiti, são uma boa alternativa para quem quer o factor “uau”, com lagoas suficientemente amplas para uns bons mergulhos. Formadas pelas águas do rio Arado, ficam num local recôndito, não muito longe da aldeia de Ermida. Em anos recentes, tornaram-se um hot spot, muito por culpa do Instagram.

Qualquer que seja a escolha, desça (ou suba) até às cascatas com extremo cuidado e calçado adequado. Todos os anos há acidentes, alguns graves, nestes locais escorregadios e de acesso difícil aos meios de socorro. As cascatas não são acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida, nem recomendadas a pessoas idosas e crianças pequenas, excepto se usarem daqueles sistemas de transporte para bebés, que encontram em lojas de trekking.

cascatas Tahiti

Miradouros magníficos

As paisagens do Gerês são esmagadoras e existem dezenas de miradouros para as desfrutar. Muitos desses mirantes têm vista sobre os rios que atravessam o parque, produzindo um contraste cromático especial.

Um dos miradouros mais populares é a Pedra Bela, que vêem na foto de abertura. Percebe-se porquê: é um lugar perfeito para apreciar um pôr-do-sol . Mas o miradouro da Preguiça – na estrada que conduz a Espanha – e o santuário do São Bento da Porta Aberta oferecem vistas igualmente belas para a barragem da Caniçada.

No caminho secundário entre a vila do Gerês e o Campo do Gerês existem cinco miradouros com vistas arrebatadoras: Junceda, Mirante Velho, Voltas de São Bento, Fraga Negra e Boneca. Destes, o Mirante Velho e o miradouro das Voltas de São Bento não exigem caminhadas – é só estacionar o carro.

Mas o nosso miradouro preferido (meu e do Pedrinho) é o novo miradouro de Fafião, na aldeia homónima. Do lado esquerdo vislumbra-se a barragem de Salamonde, em frente o maior fojo do lobo que existe em Portugal, e à direita uma serra e um vale imponentes que nos reduzem à nossa pequenez.

novo miradouro de Fafião

Trilhos no Gerês

Um trilho é a aventura perfeita para explorar a Natureza em família. Há-os com diferentes graus de dificuldade no Gerês, portanto pesquise antes de se aventurar. Vi duas senhoras de meia idade que tinham feito metade do trilho das Sete Lagoas, mas não tinham forças para regressar. Foram salvas por uma boleia, mas nem sempre as há, sobretudo no meio de nenhures.

Para quem deseja percursos com baixo nível de dificuldade, ou viaja com crianças, recomendo o PR 10 Trilho da Preguiça (5,5 km), que passa perto das bonitas cascatas de Leonte e Laja, o Trilho de Pitões das Júnias (4 km), o caminho que liga a Portela do Homem à Mata da Albergaria (cerca de 4 km) o PR 5 Trilho da Águia do Sarilhão (9 km), com direito a mergulho na barragem de Vilarinho da Furna, ou mesmo os Passadiços do Sistelo.

A caminhada que passa pela Geira é particularmente bonita, pois entra no coração do Gerês, a Mata da Albergaria, para encontrar os marcos miliários que os romanos colocaram nesta via, construída no século I d.C, para ligar Bracara Augusta (Braga) a Asturica Augusta (Astorga).

Para caminhantes mais experientes, há o trilho que liga a Cascata do Arado ao Poço Azul (11 km), o Trilho das 7 Lagoas (12 km), o PR 6 Trilho dos Miradouros do Gerês (13 km) e, um que quero muito experimentar, o PR1 Trilho da Calcedónia (7 km). Para os iron man/ladies há sempre a Grande Rota com – coisa pouca – cerca de 200 km!

Geira romana no Gerês

Leia também: Pitões das Júnias | Gerês – trilho com crianças

Mata da Albergaria

O coração do Gerês bate na Mata da Albergaria, um dos mais belos bosques de Portugal, repleto de carvalhos centenários cobertos de líquenes, prova da saúde do ecossistema. Diz o ICN que a Mata é um “testemunho único dos bosques que outrora cobriam o noroeste da Península Ibérica: o carvalhal galaico-português”. Classificada pelo Conselho da Europa como Reserva Biogenética, é um dos locais que temos mesmo de proteger: não colha flores, não faça barulho, carregue o seu lixo.

Não se pode estacionar em toda a extensão da Mata da Albergaria: na estrada nacional da vila do Gerês até Espanha, na estrada florestal de Leonte à Portela do Homem ou na estrada florestal de Bouça da Mó até ao cruzamento com a estrada anterior. Existem locais próprios para deixar o carro, que pagam uma pequena taxa de passagem.

Nada mais a escrever, apenas deixar o barulho para trás e usufruir do silêncio deste lugar mágico. Parece que, a qualquer momento, fadas minúsculas vão irromper dos seus esconderijos.

Mata de Albergaria

Mergulhar numa barragem

Há dois grandes rios que delimitam a Serra do Gerês: o Homem e o Cávado. As bacias de ambos estão sulcadas de barragens, formando grandes albufeiras. Para além destes dois grandes cursos de água, existem outros rios menores (mais de 18), inúmeros afluentes e ribeiros, que multiplicam as possibilidades de um mergulho.

No rio Homem fica a barragem de Vilarinha da Furna, que esconde nas suas águas uma aldeia com o mesmo nome. No final de um Verão seco, é possível ver as suas ruínas. É proibido navegar neste grande lago artificial, mas nada impede umas braçadas.

No rio Cávado fica a barragem da Paradela, de Salamonde e da Caniçada. Destas, a mais adequada para banhos é a Caniçada, já que possui várias praias fluviais e até uma marina. Ali é possível fazer um passeio de barco, de caiaque (pagámos 10€/hora por um caiaque duplo) ou stand up paddle.

É nesta barragem, perto das pontes do rio Caldo, que fica a praia fluvial de Alqueirão com o seu divertido water park. Infelizmente a afluência era muita e, porque achámos impossível manter o distanciamento social, não experimentámos os insufláveis.

Aliás, para além de uma longa costa, com praias belas e premiadas, Portugal possui várias praias fluviais na Serra da Estrela e outros locais para aproveitar o Verão.

Barragens do Gerês

Ver as estrelas

Sendo um território pouco povoado e com extensas áreas naturais, com pouca poluição luminosa, o Gerês é um lugar perfeito para observar o céu nocturno. Evidentemente, é perigoso aventurar-se à noite em território desconhecido, com estradas sinuosas e sem iluminação.

Para isso, recomendo uma caminhada nocturna. Nós fizemos uma recentemente com a Equidesafios, integrada no programa de caminhadas promovido por uma associação local com o apoio do município de Terras de Bouro. Foram cerca de 4 km desde o Campo do Gerês até ao alto da Picota, onde o céu se abriu para nós em todo o seu esplendor.

Outra possibilidade são os passeios de observação nocturna que a Porta do Mezio pretende iniciar em breve: a presença de um astrofísico dá outra dimensão ao passeio (e o Hugo Palma é verdadeiramente apaixonado pelas estrelas).

trilho no Gerês
© Equidesafios

Garranos selvagens

Andar no meio da serra e ver cavalos selvagens é qualquer coisa de mágico. Os garranos são cavalos luso-galizianos que vivem em liberdade no Gerês, depois de terem perdido a sua função útil, de apoio aos agricultores. De passo firme e cascos muito fortes, são animais resistentes às intempéries e à falta de alimento, até há pouco tempo em perigo de extinção.

Os garranos partilham a paisagem com cabras selvagens, com o raro e esquivo falcão peneireiro, mas também veados e corços, presentes do logótipo do Parque Nacional de Peneda-Gerês, lobos-ibéricos e vacas-louras, o maior escaravelho da Europa, que vive no tronco de carvalhos mortos.

Neste lugar incrível chamado Gerês, Reserva da Biosfera e Reserva Biogenética, encontra ainda duas plantas minúsculas, mas carnívoras: a Orvalhinha e a Pinguicula. Como não amar este lugar maravilhoso?

garranos selvagens no Gerês
© pnpgeres.pt  Infelizmente da última vez que vi garranos não tinha comigo uma máquina fotográfica.

Santuários no Gerês

No Gerês existem dois grandes lugares de fé: o Santuário de Sâo Bento da Porta Aberta e o Santuário da Nossa Senhora da Peneda.

Encurralado entre as franjas rendilhadas do Gerês e inundado pelas águas abundantes da Caniçada, ergue-se um dos maiores fenómenos religiosos de Portugal: o São Bentinho (como os crentes lhe chamam). O Santuário em honra do fundador dos beneditinos é o segundo maior em Portugal, depois de Fátima, acolhendo cerca de 2,5 milhões de peregrinos por ano.

É um local com uma enorme carga de espiritualidade, para além de uma paisagem idílica. Perto da igreja (na verdade são duas, uma delas bem moderna) existe um parque de merendas agradável, com um lago, barquinhos a remo e um pequeno bar.

O Santuário de N. Senhora da Peneda (Gavieira, Arcos de Valdevez) fica num vale escondido e belo, antecedido por uma longa escadaria com pequenas capelas que retratam cenas da vida de Cristo. Não muito longe do Gerês fica outro santuário, que se juntou à lista de sítios Património Mundial da Unesco em 2019: o Bom Jesus de Braga.

São Bento da Porta Aberta

Termas na Vila do Gerês

Muito central no parque, a Vila do Gerês concentra grande parte da oferta de alojamento e restaurantes. Ganhou fama pelas suas águas únicas, descobertas pelos romanos, com efeitos curativos tão poderosos que foram consideradas milagrosas. Daí a inscrição em latim, junto da Fonte da Bica, “AEGRI SURGUNT SANI”, isto é, “os doentes saem sãos”.

A ciência veio dar legitimidade à crendice e muitas pessoas vão às termas do Gerês, especialmente se sofrem de doenças do fígado, vesícula, obesidade, hipertensão e diabetes. Aposto que o ar puro e a paisagem do Gerês ajudam ao tratamento.

Para além do artesanato local, com o mel a ser aplicado em inúmeros produtos que vão dos licores a cremes para as mãos, os visitantes são também atraídos pelo animado mercado semanal, à sexta-feira. A pequena vila possui um Parque pago (1,5€ adulto/Agosto de 2020) com sombras, um lago artificial e bancos de pedra, que rodeia o leito do rio Gerês. Considerando toda a Natureza envolvente, acho que não vale o valor da entrada.

Aldeias históricas no PNPG

No fundo dos vales, pequenos campos agrícolas, verdejantes ou acastanhados, reflectem o ritmo das estações. Nas encostas, surgem as bouças e matos que asseguram a lenha e o pasto do gado. No alto ficam as grandes extensões de pasto e os abrigos de pastores.

As raças autóctones como a barrosã e a cachena (bovinos), a cabra-bravia e a ovelha-bordaleira são ainda importantes fontes de rendimento e podem cruzar a estrada a qualquer momento, rumo às aldeias. Próximas das linhas de água, estas pequenas povoações são emolduradas por muros de pedra, enfeitadas por espigueiros e alminhas que zelam nos cruzamentos.

Pitões das Júnias, Soajo, Lindoso, Castro Laboreiro, Fafião, Ermida – onde se encontrou uma estátua-menir e a pedra romana dos namorados – muitas são as aldeias onde ainda se mantêm práticas comunitárias, como as vezeiras dos pastores.

Escrevi um post gigante sobre muitas destas aldeias isoladas, que surgem em áreas protegidas como o Gerês: Aldeias encantadoras do Norte de Portugal.

agricultores numa aldeia do Gerês

Dicas úteis

Como chegar ao Gerês

É quase impossível visitar grande parte dos locais mencionados sem viatura própria, alugar um carro ou sem recorrer a um tour organizado. Existem cinco portas de entrada para o Parque Nacional de Peneda-Gerês, cada uma com informação e atividades específicas.

  • Porta de Mezio (Arcos de Valdevez, pela EN 202): dedicada à Conservação da Natureza e da Biodiversidade. Coordenadas de GPS: 41°53’05” N | 8°18’48” W
  • Porta de Lamas de Mouro (Melgaço, pela EN 202): dedicada à História e Ocupação do Território. Coordenadas de GPS: 42°02’19” N | 8°11’45” W
  • Porta de Montalegre: dedicada à Paisagem. A funcionar no Ecomuseu do Barroso
  • Porta do Lindoso (Ponte da Barca, pela EN 203): dedicada à Geologia e Água. Coordenadas de GPS: 41°52’01” N | 8°11’57” W
  • Porta do Campo do Gerês (Terras de Bouro, pela EN 307): dedicada à História e Civilizações. Coordenadas de GPS: 41°44’58” N | 8°11’49” W

Outras entradas possíveis, sem a contextualização das portas, fazem-se pela Portela do Homem ou Tourém (vindo de Espanha), Rio Caldo (vindo de Braga/Amares pela ER205-5 ou vindo de Braga/Vieira do Minho pela EN 304), Fafião (vindo de Salamonde, pela EN 103), Sezelhe ou Paradela (vindo de Venda Nova, pela EN 308-4).

Quando visitar o Gerês

Sendo um local particularmente chuvoso e frio no Inverno, o Gerês é sobretudo procurado no Verão. Isso significa muitos turistas, preços mais altos e menos oferta de alojamento.

Portanto, a Primavera e o início do Outono podem ser ideais para explorar o Parque. Convém apenas lembrar-se que algumas actividades não combinam com chuva, os trilhos podem tornar-se escorregadios e as visitas a algumas cascatas ainda mais perigosas. Em pleno Inverno, pode nevar em alguns locais do Gerês, o que pode convidar a um fim-de-semana romântico, em frente à lareira.

Onde ficar no Gerês

Já referi a dimensão do PNPG, não já? Pois, é preciso escolher o alojamento por regiões que pretenda explorar, ou escolher uma base central, para evitar o cansaço de mudanças de alojamento.

A vila do Gerês concentra bastante oferta hoteleira, desde parques de campismo (destes não recomendo, de todo, o Parque de Campismo Rural de Rio Caldo, por falta de segurança) a guest houses ou hotéis charmosos. Mas no Booking encontra opções de alojamento muito variadas quer na Vila do Gerês, quer em Pitões das Júnias, Campo do Gerês, Soajo ou Castro Laboreiro.

aldeia do Gerês

O que comer no Gerês

Sendo uma região serrana, a gastronomia do Gerês baseia-se bastante em carnes – posta barrosã, vitela e cabrito assado – e no fumeiro tradicional (presunto, salpicão, chouriços). Sabem que não como carne, mas li algures que um dos pratos típicos se chama “Pedaços do Gerês” e se trata de um pedaço tenro de carne de vitela, com cebolinhas caramelizadas, servido com migas de broa, couve e toucinho.

Em alguns locais, é possível encontrar boa truta, mas as opções vegetarianas são mais raras. Quanto a restaurantes, recomendo o Cantinho do Antigamente (Covide, Terras de Bouro), à entrada do PNPG, um espaço apoiado pela Fundação Calcedónia, para preservar a gastronomia regional. As opções são poucas (2 ou 3 por dia), mas caseiras e tradicionais. As pataniscas de bacalhau são maravilhosas.

prato vegetariano
pudim de abade priscos

Na vila do Gerês, o restaurante Lurdes Capela é famoso, sobretudo por causa do seu bife à minhota, mas acho-o sobrevalorizado e o serviço demorado, mesmo para o menu do dia. Igualmente na rua principal, recomendo os Petiscos da Bó Gusta. Ainda que o serviço possa ser um pouco desorganizado, os petiscos são saborosos: pão recheado, cogumelos salteados, pataniscas, tábuas de queijos. A posta barrosã e a chanfana de javali são muito aclamadas. O espaço não aceita reservas, portanto convém chegar cedo.

Em Pitões das Júnias recomendo, sem reservas, a Casa do Preto com o seu bacalhau frito e as sobremesas maravilhosas, no Soajo, o restaurante Saber ao Borralho (provem o arroz de feijão tarrestre e, se apreciam, a carne de cachena no forno) e, em Brufe, concelho de Terras de Bouro, um lugar de arquitectura deslumbrante e comida a condizer: o Abocanhado.

Por fim, na aldeia de Fafião, comemos razoavelmente bem no Retiro do Gerês, onde encontrei um prato vegetariano muito bom: salada de arroz selvagem, com frutos secos e espargos.